PF investiga esquema milionário de simulação de pagamentos feitos a partir de Jundiá (RN)


A Polícia Federal deflagrou nesta terça-feira (4) a Operação Fábrica de Pix com o objetivo de apurar esquema de simulação de pagamentos em sistemas de casas lotéricas, que causou prejuízo estimado em R$ 3,7 milhões, em Jundiá/RN.

As investigações tiveram início após a prisão em flagrante de um homem que havia recentemente obtido concessão para atuar como empresário lotérico. No dia 17 de outubro, o investigado teria simulado centenas de pagamentos na Lotérica de Jundiá/RN e fugido em seguida, sendo preso ao desembarcar de voo proveniente de Natal/RN com destino a Curitiba/PR.

Os valores obtidos de forma fraudulenta foram pulverizados em diversas contas bancárias pertencentes a terceiros, localizadas em diferentes instituições financeiras.

Na operação, foram cumpridos mandados de busca e apreensão em um endereço na cidade de Curitiba (PR) e na Lotérica em Jundiá (RN), com o objetivo de reunir provas sobre o planejamento e a execução do crime.

A pedido da PF, a Justiça Federal determinou o afastamento de sigilo bancário, o bloqueio e sequestro de valores nas contas dos beneficiários, além da indisponibilidade de veículos de luxo registrados em nome do principal investigado.

A Polícia Federal segue atuando para recuperar os recursos desviados e identificar todos os envolvidos, inclusive aqueles que possam ter colaborado com a fraude por meio da geração de títulos de cobrança ou do fornecimento de contas para movimentação dos valores ilícitos.

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Química, simpatia e só: Brasil segue sob tarifas de 50% impostas por Trump

Após mais de um mês do encontro em que rolou uma “química” entre o presidente Lula e o republicano Donald Trump, as negociações sobre o tarifaço de 50% vigente sobre exportações brasileiras desde agosto não apresentaram nenhum avanço concreto. Entre afagos e gentilezas, as conversas entre os diferentes níveis dos dois governos têm patinado e colecionado anúncios de novas tratativas, ainda sem data para acontecer.

O enredo do “namoro” começa a ficar arrastado. Ao “esbarrão” de 39 segundos entre os líderes no intervalo dos discursos na Organização das Nações Unidas (ONU), em setembro, seguiu-se uma conversa por teleconferência e a expectativa, verbalizada por Lula, de que o “problema com os Estados Unidos” seria resolvido.

O otimismo prevaleceu com o encontro presencial entre os presidentes em meio à cúpula da Associação de Nações do Sudeste Asiático (Asean) na Malásia, em outubro, celebrado como uma vitória da estratégia de não ceder às pressões políticas americanas e de reafirmar a soberania brasileira. “Estou convencido de que em poucos dias teremos uma solução”, reafirmou Lula na ocasião.

Na sequência, as delegações do Brasil e dos Estados Unidos reuniram-se em Kuala Lumpur para dar início à fase técnica das negociações. O secretário de Estado Marco Rubio — considerado uma pedra no caminho das negociações por questões ideológicas — havia acompanhado os presidentes no encontro e era esperado na reunião, mas não compareceu, sem explicação oficial.

Do lado brasileiro, participaram o chanceler Mauro Vieira e o secretário-executivo do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Márcio Rosa; do lado americano, estiveram presentes o secretário do Tesouro, Scott Bessent, e o representante comercial da Casa Branca, Jamieson Greer.

Vieira reiterou o pedido brasileiro de retirada temporária das tarifas de 40%, com a manutenção apenas das tarifas recíprocas, de 10%. A expectativa era por um anúncio da suspensão para todos os produtos ou mesmo para setores específicos, em especial sobre a carne e o café, que vêm pressionando os preços no mercado americano e incomodando os importadores.

Nada, no entanto, ficou decidido. Os negociadores concordaram apenas em abrir um calendário de reuniões e no compromisso de “construir um acordo”. Uma nova reunião entre os ministros Mauro Vieira (Relações Exteriores), Fernando Haddad (Fazenda) e Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços) em Washington com seus homólogos americanos estava prevista para esta semana, mas foi adiada sem nova data.

Na última quinta-feira, Greer disse que o governo dos EUA está “analisando o formato” do possível acordo comercial com o Brasil, mas esse processo poderia demorar “algumas semanas ou meses”. Ainda segundo ele, os EUA querem “ter certeza de que os brasileiros estejam prontos para colaborar”.

Só "química" não garante negociação para redução de tarifas

Enquanto a diplomacia aguarda sinais de Washington, o setor produtivo reage com cautela. Na prática, a avaliação é que, apesar de bem-vinda, a suposta “química” entre os dois presidentes é insuficiente para garantir uma boa negociação.

Welber Barral, ex-secretário de Comércio Exterior, representante de diversos setores junto às contrapartes americanas, resume a percepção do momento: “Primeiro, tem que baixar as expectativas, porque não está nada garantido”, diz. “Nem mesmo [as isenções] pra café e carne. A negociação [entre Trump e Lula sobre temas estratégicos] também vai bem longe. Então, eu não esperaria nenhuma resolução de curto prazo.”

“Acho que essa química é uma coincidência”, diz Jackson Campos, especialista em comércio exterior. “Eles se encontraram e o Trump decidiu negociar porque o lobby das empresas brasileiras nos Estados Unidos está chegando ao governo americano. Trump negociaria de qualquer forma, já que está ouvindo do empresariado que as tarifas estão pesando.”

Para José Velloso, presidente da Associação Brasileira de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), a questão não se resume à “química” ou a vontade de fazer o acordo. “O problema é que, dentro das prioridades dos EUA, ainda não chegou à vez do Brasil.” “Não somos a prioridade para os Estados Unidos.” A atual agenda da Casa Branca, lembra, está voltada principalmente à redefinição das relações com a China e às disputas tecnológicas com a União Europeia e o Sudeste Asiático.

Big Techs, terras raras e etanol na mesa para negociação das tarifas

Outro entrave apontado pelos empresários é a falta de clareza sobre a possibilidade de atender ao pleito americano: “Não sabemos o que os Estados Unidos vão realmente colocar na mesa para que o Brasil possa reagir”, diz a presidente da Câmara de Comércio Exterior da Federação das Indústrias de Santa Catarina, Maria Teresa Bustamante, que também não acredita em novidades sobre o tema este ano.

Entre os interesses americanos já conhecidos estão as garantias de segurança para big techs, em meio a tensões sobre as propostas brasileiras de regulação mais rígida dessas empresas — medidas que o governo Trump interpreta como ataques à liberdade corporativa e até como uma forma de “roubo” de recursos das companhias americanas.

Os EUA também buscam acesso a minerais raros e ao mercado brasileiro de etanol. Do lado brasileiro, o governo já acenou com a possibilidade de reduzir as tarifas sobre o etanol americano, cuja alíquota atual é de 18%. É uma concessão significativa, já que enfrenta forte resistência política e lobby de produtores nacionais.

“Pragmaticamente, faz sentido o que está sendo negociado”, avalia Vito Villar, coordenador de Comércio Internacional da BMJ Consultores. “Mas não é possível, nesse momento, encontrar uma temporalidade. Pode levar semanas ou meses. É importante destacar que nenhum país conseguiu de fato um bom acordo. Isso leva a crer que o Brasil, que entrou na rota de crítica direta de Trump por meses, também tenha dificuldade em alcançá-lo.”

"Trump tem as cartas"

O apetite dos EUA dependerá, em grande medida, do cenário político interno. No momento, Trump enfrenta pressões com o risco de shutdown (paralisação da máquina administrativa) do governo e queda de popularidade. Villar considera difícil que o objetivo brasileiro — a redução total das tarifas aplicadas — seja alcançado.

“Embora essa hipótese não esteja fora da mesa de negociação, o mais provável é um meio-termo, com possíveis novos produtos incluídos nas listas de exceção em troca de concessões brasileiras”, diz.

Arno Gleiser, presidente da Câmara de Integração e Comércio Brasil–Estados Unidos (Cisbra), acredita num acordo parcial mais rápido e outro no longo prazo. “Foi assim com a China: eles fizeram um waiver de um ano”, diz.

No último dia 30, Trump e o presidente chinês, Xi Jinping, chegaram a um acordo durante a cúpula da Cooperação Ásia-Pacífico (Apec), na Coreia do Sul, após semanas de tensão e ameaças de novas tarifas. O tratado estabelece uma trégua de um ano na disputa comercial entre os dois países: os Estados Unidos reduzirão tarifas sobre produtos chineses, enquanto a China se comprometeu a ampliar a compra de soja americana e ambos concordaram em aliviar controles de exportação.

Velloso ainda é o mais otimista. Acha que o desfecho pode variar entre “a retirada total dos 40%, a redução para 10% ou a adoção de uma tarifa parecida com a da Europa, de 15%, além de um possível aumento nas exceções”, afirma, confiante de que “alguma coisa deve acontecer nos próximos 90 dias”.

Até lá, Trump vai continuar avaliando o desgaste interno para decidir. Segundo um líder empresarial que não quis ser identificado, como um "bom negociador", Trump vai continuar “cozinhando” o Brasil sobre um acordo comercial enquanto interessar. Embora relevante como fornecedor de commodities, o país é peça secundária no tabuleiro. Além disso, analistas avaliam que Trump já alcançou uma parte do que desejava do Brasil, para sinalizar à China que tem alternativas na América do Sul.

O mesmo empresário afirma que é impossível saber exatamente o que vai sair das negociações — e nem quando. “O ‘timing’ vai ser dado por Trump, é ele quem tem as cartas”, diz. “Mas, independentemente do que vier, não será fruto da ‘química’ entre Lula e Trump, mas do esforço do empresariado brasileiro, que tem atuado fortemente junto às contrapartes americanas. “São os empresários dos Estados Unidos que têm pressionado a Casa Branca para a revisão das tarifas.”

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Nem o FliPipa escapou: Fátima aparece e plateia desaparece

O Festival Literário de Pipa (FliPipa), que vinha sendo um sucesso na Praia da Pipa, em Tibau do Sul, acabou terminando de forma constrangedora. O motivo? A presença da governadora Fátima Bezerra (PT). Assim que a petista pegou o microfone para mais um discurso recheado de promessas repetidas, o público simplesmente foi embora.

Segundo informações do Blog do Bagada, a plateia “evaporou” enquanto a governadora discursava. Já leitores do Blog do BG que estavam no local também confirmaram a cena: o evento, que até então reunia bom público, ficou praticamente vazio após a fala de Fátima.

E não foi a primeira vez. Em julho, no município de Cruzeta, no Seridó, a governadora já havia enfrentado situação parecida. Na ocasião, discursou diante de cerca de 10 a 15 pessoas — um fiasco político para quem ocupa o cargo mais alto do Estado. O episódio viralizou nas redes, com críticas ao desgaste da imagem da petista e à falta de mobilização popular.

O FliPipa, um dos maiores eventos culturais do RN, reuniu autores, artistas e público em torno do tema “Memória em Movimento”. Mas, desta vez, o que realmente ficou na memória foi o esvaziamento causado pela presença de Fátima — símbolo do distanciamento crescente entre o governo e o povo potiguar.

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Castro justifica operação que matou 120 do Comando Vermelho ao STF: “Foi necessária”

O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, saiu em defesa da Operação Contenção, ação policial que deixou mais de 120 mortos na semana passada. Em manifestação enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), ele afirmou que a intervenção foi necessária diante das barricadas montadas por criminosos do Comando Vermelho (CV) perto de escolas e postos de saúde.

A audiência entre Castro e o ministro Alexandre de Moraes, relator da ADPF das Favelas, aconteceu nesta segunda-feira (3), no Rio. O governador explicou que os confrontos foram concentrados em áreas de mata para evitar tiroteios próximos a áreas residenciais e proteger a população.

Segundo Castro, o Estado precisou agir contra uma facção de “perfil narcoterrorista”, exercendo o que chamou de “poder-dever de proteção da sociedade”. Para ele, a operação respeitou o Estado de Direito, a legalidade e a defesa da vida, ao mesmo tempo em que reafirmou o compromisso das forças de segurança com a transparência e os direitos humanos.

A declaração de Castro reforça a postura firme de seu governo no enfrentamento do crime organizado no Rio, em contraste com a visão de setores críticos que questionam operações de grande impacto. Para o governador, medidas duras são a única saída para conter a escalada de violência nas comunidades dominadas pelo CV.

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LUXO E ESCANDÂLO: Lula troca navio da Marinha por iate de empresário enrolado com crime eleitoral

O presidente Lula ignorou barcos da Marinha e preferiu se hospedar na COP30 em Belém num iate de luxo alugado a um empresário amazonense com histórico de escândalos. O Radar, da Veja, revelou que o petista se queixou da “falta de estrutura” das embarcações militares e acabou optando pelo Iana 3, localizado em Manaus, pertencente a Iomar Oliveira.

O iate já é conhecido no Amazonas e tem histórico controverso: esteve envolvido em denúncias de crimes eleitorais e chegou a ser revistado pela polícia. Em 2021, durante ação do governo estadual, o Iana 3 foi flagrado descarregando cestas básicas em Coari, em meio a suspeitas de uso do material para comércio ilegal de votos.

A escolha do luxo não é novidade. O aluguel de embarcações da família Oliveira para políticos amazonenses já provocou revolta por ostentação financiada com dinheiro público. O Iana 2, por exemplo, serve atualmente ao governador Wilson Lima, enquanto o Iana 3 foi acionado para atender à comitiva de Lula na COP30. O custo do iate para o evento ultrapassou R$ 450 mil, e os detalhes da negociação permanecem secretos.

A operação, além de mostrar a predileção do presidente por conforto, reforça o histórico de políticos de esquerda priorizando luxo e privilégios, enquanto recursos públicos poderiam ser aplicados em serviços essenciais. No Amazonas, contratos milionários com a família Oliveira já levantaram suspeitas sobre favorecimento e interesses cruzados com outros negócios, como a venda da Amazonas Energia à Âmbar, do grupo J&F.

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Tarcísio defende que PCC seja classificado como grupo terrorista

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, voltou a defender que o Primeiro Comando da Capital (PCC) seja classificado como grupo terrorista.

Em entrevista coletiva em Mirandópolis, no interior paulista, o governador afirmou que a facção “se impõe pelo terror” e tenta “se sobrepor ao Estado”.

“A grande vantagem disso é o endurecimento de penas, a dificuldade de acesso a determinados benefícios de progressão, a questão da insuscetibilidade de graça e indulto, da imprescritibilidade. Acho que a gente precisa aumentar o custo do crime. Quando se fala em classificar esses grupos como terroristas, se está falando de fato de endurecer, aumentar o custo do crime”, afirmou o governador neste sábado, 1º.

Tarcísio citou os ataques de 2006, quando a facção promoveu rebeliões e atentados contra agentes públicos em São Paulo, como exemplo de terrorismo.

“Um grupo que coloca barricada na entrada de uma comunidade, que impõe o terror, que queima ônibus e domina um território afastando a política pública do cidadão precisa ser classificado como terrorista.”

Projeto de lei

A proposta de equiparar facções criminosas a grupos terroristas ganhou força entre governadores e parlamentares da oposição após a megaoperação policial no Rio de Janeiro, que deixou 121 mortos na última terça-feira, 28.

O secretário de Segurança Pública paulista, Guilherme Derrite (PP), deve reassumir o mandato na Câmara dos Deputados para relatar o projeto de lei que prevê essa mudança.

O texto, de autoria do deputado Danilo Forte (União-CE), altera a Lei Antiterrorismo de 2016 para incluir organizações criminosas e milícias privadas que pratiquem atos de terrorismo.

Tarcísio já havia defendido o projeto na quinta-feira, 30, durante reunião virtual com outros governadores.

“Não vai haver país forte quando o crime organizado está governando. Mudanças na legislação são fundamentais para endurecer penas e aumentar o custo do crime”, afirmou na ocasião.

O Antagonista

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MPF denuncia advogado por chamar Lula de “ex-presidiário” nas redes sociais

O Ministério Público Federal (MPF) denunciou o advogado pernambucano Thomas Crisóstomo por suposto crime de injúria contra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) após publicações críticas nas redes sociais. A investigação foi aberta após um pedido do ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, à Polícia Federal.

Em 2023, Crisóstomo afirmou em seu perfil do X que a Empresa Brasil de Comunicação (EBC) havia se tornado um cabide de emprego “para mulher do ex-presidiário”, em referência à primeira-dama, Janja Lula da Silva. "Bolsonaro não privatizou a EBC para fazer cabide de emprego e agora ela virou cabide de emprego para mulher do ex-presidiário Lula", dizia o post.

À Gazeta do Povo, o advogado disse ver a ação como uma forma de censura a críticas feitas por “pessoas comuns” contra o governo nas redes sociais. “Até porque meu alcance nas redes sempre foi muito pequeno”, destacou. A denúncia foi apresentada em outubro e tramita na Justiça Federal de Pernambuco. Crisóstomo relatou que aguarda ser intimado para apresentar sua defesa no processo.

No documento, a procuradora Polireda Medeiros afirmou que o suposto delito foi consumado quando o presidente soube dos “comentários desonrosos”, o que ocorreu a partir de um ofício encaminhado pelo MPF ao Ministério da Justiça.

Em seguida, o ministro Ricardo Lewandowski pediu à Polícia Federal que investigasse se o advogado havia cometido crimes contra a honra do presidente. Procurada pela Gazeta do Povo, a pasta disse que não pode se manifestar porque os inquéritos policiais correm em sigilo.

Segundo Crisóstomo, a própria PF “concluiu que não houve crime, mas o MPF ainda assim fez a denúncia”. Ele foi ouvido e confirmou ser o responsável pelo perfil onde a mensagem foi veiculada, mas afirmou que não teve o propósito de ofender, argumentando que apenas veiculou fatos públicos, notórios e verídicos a respeito do presidente.

“Não é possível que as pessoas possam ser perseguidas penalmente por criticar políticos”, acrescentou o advogado, que rejeitou a proposta do MPF para firmar um acordo de não persecução penal (ANPP).

O MPF imputa a Crisóstomo a prática do crime de injúria, com os agravantes de ter sido divulgado em redes sociais e devido à vítima ser o presidente da República. A procuradora argumenta que atribuir a alguém a qualidade de “ex-presidiário” ofende a honra subjetiva da vítima, repercutindo em sua autoestima.

Segundo ela, a liberdade de expressão não protege manifestações ofensivas a terceiros ou falsas. O MPF pede a condenação do advogado e que a Justiça Federal fixe um valor mínimo de indenização por danos morais. Em 2018, Lula foi preso após ser condenado em segunda instância no âmbito da Operação Lava Jato. Ele foi solto após 580 dias de prisão, em 8 de novembro de 2019.

Em 2021, o Supremo Tribunal Federal (STF) declarou a incompetência da 13ª Vara Federal de Curitiba, a primeira instância da Lava Jato, para julgar processos que envolviam o petista, anulando a validade de todas as provas.

A Corte não analisou o mérito das ações contra Lula, mas determinou que elas deveriam começar do zero na Justiça Federal do Distrito Federal, o que não ocorreu, pois os processos sobre o tríplex e sítio de Atibaia prescreveram.

O MPF também mencionou na denúncia publicações do advogado com críticas aos ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes e Luís Roberto Barroso, hoje aposentado da Corte. Nos posts, Crisóstomo afirmou que o “Min. Cabeça de Ovo tem promovido censura”, em referência a Moraes, disse que “Barroso é uma excrescência do Judiciário”.

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