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Com novas aparições e pistas, buscas por fugitivos da Penitenciária Federal de Mossoró entram no 20º dia

Com novas aparições de fugitivos e pistas encontradas, a força-tarefa entra nesta segunda-feira (4) no 20º dia de buscas por Deibson Nascimento e Rogério Mendonça, que fugiram da Penitenciária Federal de Mossoró no dia 14 de fevereiro. Foi a primeira fuga registrada na história do sistema prisional federal, criado em 2006.

As buscas estão concentradas na área rural de Baraúna, que faz divisa com o Ceará.

A operação para recaptura envolve mais de 600 agentes de segurança, que atuam de forma integrada. São policiais federais, rodoviários federais, militares e civis, além da Força Nacional.

A equipe deve ganhar um reforço na terça-feira (5), data prevista para a chegada de um cão farejador da Polícia Penal do Mato Grosso, que é treinado para buscas em matas. Dois agentes chegam junto com o animal.

“São policiais penais do setor de operações especializadas do sistema penitenciário. Eles têm treinamento específico como rastreadores e batedores, então acho que vai contribuir muito com a Força Nacional de segurança na busca dos fugitivos”, explicou o secretário adjunto de Administração Penitenciária do Mato Grosso, Jean Gonçalves.

O pedido feito pelo Secretaria Nacional de Políticas Penais (Senappen) é para que o cão permaneça pelo período de 10 dias nas buscas. Outros cães farejadores estão sendo utilizados nas buscas durante esses 20 dias, além de drones com sensores térmicos, helicópteros e outros aparelhos tecnológicos sofisticados.

Medo muda rotina de moradores da zona rural

As pistas deixadas pelos fugitivos e confirmadas pela força-tarefa foram todas na zona rural das cidades de Mossoró e Baraúna.

O cerco ganhou novas informações na quinta-feira (29) após agricultoras relatarem ter visto dois homens em uma plantação de bananas. A força-tarefa confirmou que eram os fugitivos.

Neste domingo (3), houve um novo cerco em uma fazenda na cidade de Baraúna, onde moradores disseram ter visto os dois durante a madrugada. De acordo com investigadores, os fugitivos teriam invadido um galpão agrícola na propriedade.

A crença da força-tarefa de que os foragidos permaneçam escondidos na zona rural da região tem mudado a rotina dos moradores e trabalhadores das comunidades e assentamentos. Boa parte deles são agricultores.

“Na ‘boquinha’ da noite todo mundo fecha as portas com medo deles aparecerem e fazerem alguma coisa com a pessoa”, relatou o agricultor José Nascimento, que mora na zona rural de Mossoró.

“De certa forma, a gente fica no meio do perigo. A gente teme, porque a nossa rotina não fica a mesma. A gente fica apreensivo. Nunca passamos por isso aqui, muita polícia procurando, fazendo cerco, o trabalho deles”, disse o agricultor Antoniel Morais.

As outras pistas deixadas ao longo dos dias de buscas foram a invasão a duas casas e a descoberta de uma chácara usada pelos criminosos como esconderijo – o dono do local foi preso suspeito de auxiliar na fuga.

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74% dos brasileiros criticam STF por anular punições da Lava Jato

Pesquisa da Genial/Quaest divulgada neste domingo (3.mar.2024) mostra que a maioria dos brasileiros acredita que o STF (Supremo Tribunal Federal) “incentiva a corrupção” ao anular punições aplicadas a empresas durante a Operação Lava Jato. Do total de entrevistados, 74% pensam assim.

Outros 14% dizem não acreditar que essas decisões incentivam a corrupção no país, enquanto 12% não souberam ou não responderam à pergunta. A pesquisa foi realizada com 2.000 pessoas com 16 anos ou mais, entre os dias 25.fev.2024 e 27.fev. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Segundo o estudo, a opinião crítica ao Supremo é maior entre homens (79%), residentes da região Sul (80%) e eleitores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em 2022 (85%).

Em setembro de 2023, o ministro do STF Dias Toffoli anulou todas as provas do acordo de leniência da empreiteira Odebrecht (hoje Novonor) que foram usadas em acusações e condenações resultantes da Operação Lava Jato.

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