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Cigarro eletrônico: Após 5 anos de vape, jovem de 20 anos ouve de médicos que não deve passar dos 40 anos

Karlee Ozkurt, moradora de Wisconsin, nos Estados Unidos, foi informada pelos médicos que não viveria após os 40 anos de idade pois seus pulmões foram prejudicados pelo uso constante de vape. A jovem começou a utilizar o cigarro eletrônico em 2018, aos 15 anos. Ela conta que era comum dar cerca de 600 tragadas por dia, pois aquilo a fazia parecer “descolada”.

Um dos pulmões falhou e entrou em colapso

Em 2021, Karlee já havia sido alertada a parar de fumar quando um de seus pulmões falhou pela primeira vez, entrando em colapso. Processo que ocorre quando se forma uma cavidade no pulmão, permitindo, assim, que o ar entre no espaço vazio entre o órgão respiratório e a caixa torácica. No entanto, a condição é tratável e raramente fatal.

Após tentativas de abandonar o hábito, no ano seguinte, ela sofreu um segundo colapso. O seu quadro foi grave e foi necessário “fundir” o pulmão direito à sua caixa torácica. Atualmente, Karlee ainda está em processo de se desprender do vício.

‘Poderia morrer aos 40 ou 50 anos’

“Você nunca pensa que esse tipo de coisa vai acontecer com você, mas aconteceu comigo. Parecia que meu pulmão estava pegando fogo. Caí na armadilha de pensar que vaporizar era legal – mas é estúpido. Eu não percebi até que fosse tarde demais. Eu poderia morrer aos 40 ou 50 anos e tudo por que fui pressionada pelos meus colegas”, afirmou.

De acordo com um estudo feito pelo Center for Tobacco Research do The Ohio State University Comprehensive Cancer Center e pela Southern California Keck School of Medicine, ambos nos Estados Unidos, apenas 30 dias de consumo dos chamados vapes podem gerar problemas respiratórios severos, mesmo em pessoas com boas condições de saúde e pouca idade, público que mais consome esse tipo de produto.

Cigarros eletrônicos aumentam a probabilidade de infarto

Além disso, uma pesquisa feita pela Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC) afirma que os cigarros eletrônicos, popularmente conhecidos como vapes, aumentam em 1,79 vez a probabilidade de infarto. Ainda, foi mostrado pelos pesquisadores que os vários componentes químicos, como nicotina, propilenoglicol, partículas, metais pesados e aromatizantes que estão presentes nos cigarros eletrônicos induzem aterosclerose, doença inflamatória crônica de origem multifatorial.

No Brasil, a venda, a importação e a publicidade dos cigarros eletrônicos é proibida. Em 2022, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) revisou a questão e decidiu pela manutenção dessa proibição destes dispositivos. Os argumentos científicos que balizaram a decisão incluíram o fato de estudos mostrarem que o uso de cigarros eletrônicos não é útil para tratar o tabagismo ou parar de fumar, além de causar dependência e riscos à saúde, devido à presença da nicotina, uma substância psicoativa.

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Dengue atinge recorde histórico no Brasil com mais de 1,8 milhão de casos em 2024

Em apenas 78 dias, desde o início de 2024, o Brasil atingiu um recorde histórico de dengue, com 1.889.206 casos prováveis da doença até os registros desta segunda-feira, 18. Os números são do Painel de Arboviroses do Ministério da Saúde, pasta comandada pela socióloga e ex-presidente da Fiocruz, Nisia Trindade.

De acordo com a plataforma que organiza os dados da doença no país, sob governo do petista Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil já totaliza 561 mortos pela dengue; esse número equivale a 51,2% do total de óbitos registrados em todo o ano de 2023, que foi de 1.094.

Outras 1.020 mortes ainda estão sendo investigadas pelo Ministério da Saúde.

Em quase três meses, a situação atual é 11,8% maior do que o drama da dengue enfrentado pela população brasileira em 2015.

Naquele ano, o Brasil teve o maior número de casos até então, 1.688.688. Era governo da petista Dilma Rousseff e houve troca de ministros na pasta da Saúde: Arthur Chioro deixou o cargo em outubro; Marcelo Castro assumiu em meio à crise.

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Aumento de alergias está relacionado a diversos fatores; entenda

A alergia é uma resposta do sistema imunológico a variados elementos que entram em contato com o organismo. Apesar desse conjunto de reações ter as mais diferentes origens, o número de pessoas afetadas por elas pode crescer de uma forma preocupante nos próximos anos. Segundo a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia (Asbai), até 2050, cerca de 50% da população terá algum tipo de alergia. Mudanças climáticas, aumento da poluição e alimentos ultraprocessados estão entre as possíveis causas do aumento das alergias.

A médica alergista e imunologista Roberta Piccin de Oliveira, ressalta que ninguém nasce alérgico. “Para desenvolver qualquer alergia, é preciso que o indivíduo entre em contato com o alérgeno causador da reação. A alergia é a resposta excessiva do sistema imunológico a substâncias externas”, explica. Ela acredita que o aumento na incidência de doenças alérgicas observadas ultimamente, sugere que mudanças ambientais, dietéticas e de estilo de vida, podem ter importante papel nesse fenômeno.

As mudanças cotidianas afetam diretamente as alergias mais prevalentes na população, como a alimentar, asma, rinite e dermatite atópica. As mudanças climáticas, sobretudo as famosas ondas de calor, podem influir bastante nas alergias respiratórias, segundo Roberta. “O aumento do calor pode causar uma maior permanência dos poluentes no ar, piorando principalmente as doenças respiratórias”, diz.

Ela também faz menção às chuvas, enchentes e inundações cujas ações constantes promovem a proliferação de mofo nas habitações. Esse desequilíbrio climático também chega até as plantas, afetando as estações polínicas. “A gente não sabe até que ponto isso vai alterar na quantidade de pólen que vai ser disseminado para o ambiente. É outro fator que pode desencadear as rinites e também as crises de asma”, diz.

Além da desidratação e da insolação causadas pelas ondas de calor, elas também podem ser nocivas aos pacientes que têm doenças respiratórias, como a asma, a rinite, ressalta a alergista. “O calor dificulta muito a respiração, pois desidrata as nossas secreções, fazendo com que o paciente tenha crises mais intensas. Além disso, quando está muito quente a gente perpetua os poluentes na atmosfera, e isso também prejudica”, alerta.

Em relação às alergias alimentares, Roberta Piccin faz uma alusão às dietas exageradas. “Dietas extremamente restritivas também podem favorecer a uma alergia alimentar quando o paciente for exposto futuramente ao alimento restrito. O uso também de protetores gástricos também alteram a flora intestinal, as bactérias ‘do bem’ que nós usamos no nosso intestino”, explica.

A médica ressalta que qualquer alimento potencialmente pode causar sintomas de alergia, contudo, há um grupo de alimentos que são considerados mais alergênicos que outros, sendo os responsáveis pela maior parte das reações que são registradas hoje em dia. Dentre esses alimentos, segundo Roberta, estão o leite, o ovo, a soja, o trigo, o amendoim, as castanhas, os peixes, e os frutos do mar.

No Brasil não há estatísticas oficiais, porém, a prevalência parece se assemelhar com a literatura internacional, que mostra cerca de 8% das crianças, com até dois anos de idade, e 2% dos adultos com algum tipo de alergia alimentar.

Gatilhos
A dermatite atópica é uma doença inflamatória da pele, que causa coceira intensa, ressecamento e eczema. Ela tem base genética, e afeta até 20% das crianças e cerca de 3% dos adultos. A alergista explica que alguns fatores externos podem ser gatilhos para a exacerbação dessa doença. e para o início de uma crise, como por exemplo, aeroalérgenos que muitas vezes estão no ar, poluentes, até alguns alimentos.

As temperaturas mais altas também podem influenciar na gravidade da dermatite atópica, pois o calor aumenta a vascularização e faz com que os sintomas de prurido, de coceira, e as crises de urticária naqueles pacientes que são mais sensíveis ao calor ou têm uma piora quando transpiram. “Isso acaba exacerbando nessas condições”, diz a médica.

A incidência de alergias também pode ser diminuída por uma mudança de estilo de vida. Roberta cita hábitos saudáveis, como alimentação natural, atividade física e recreativa, ar livre, estímulo à amamentação, uma introdução alimentar de forma variada e gradual a partir dos seis meses de vida, sono adequado, diminuição do uso excessivo e desnecessário de antibióticos. “Quanto maior a diversidade de alimentos que se ofertar após os seis meses de vida do bebê, menor o risco de alergia alimentar”, diz.

O designer Thiago Oliveira tem rinite e asma desde criança, uma “herança” de seu pai, também alérgico. Há ainda a alergia a crustáceos. A convivência com a doença o acostumou a manter os ambientes limpos, sem fumaça, poeira, e livres de ácaros o máximo possível. Mas em tempos de oscilações climáticas, fica difícil de evitar o problema. “Quando chove e a temperatura desce ou sobe, a crise vem com força. É algo que me impede até de trabalhar, preciso tomar remédio e descansar”, diz.

Thiago faz uso eventual de sprays nasais, e também de tratamentos que o fazem ficar sem crises durante alguns meses – mas sempre volta. Quanto à alergia alimentar, ele conta que durante uma época até conseguiu saber o gosto dos crustáceos durante três meses, mas depois os sintomas vieram com tudo. Detalhe: o pai também sofre de alergia alimentar, mas o ingrediente é carne de porco.

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Quase metade dos medicamentos da lista da Unicat estão indisponíveis

Quase a metade dos medicamentos da lista que deveria estar disponível na Unidade Central de Agentes Terapêuticos do Rio Grande do Norte (Unicat-RN) está em falta para os usuários potiguares. É o que aponta uma lista pública da própria Unicat, vinculada à Secretaria de Estado da Saúde Pública (Sesap-RN) cuja data da última atualização é o dia 4 de março de 2024.

Ao todo, 95 dos 211 medicamentos encontram-se indisponíveis para pacientes, que precisam recorrer a compras com recursos próprios e em alguns casos, a ficarem sem a medicação por não possuir disponibilidade em farmácias. Cerca de 70 mil potiguares encontram-se com cadastro ativo para recebimento de medicamentos na Unicat-RN.

Segundo a lista da Unicat, dos 95 indisponíveis, 69 desses medicamentos já estão em processo de licitação e outros 15 aguardam distribuição do Ministério da Saúde. Por fim, outros 12 medicamentos estão indisponíveis, porém, sem pacientes cadastrados na Unicat para dispensação. O órgão não informou quantos pacientes estão sendo prejudicados sem os medicamentos.

Segundo o diretor técnico da Unicat, Thiago Vieira, vários fatores explicam o fato do órgão não dispor dos medicamentos em sua completude, como insucesso em licitações e demora no envio de remédios por parte do Ministério da Saúde, que segundo ele, é quem compra a 50% dos remédios que a Unicat distribui. Para este ano, a execução para medicamentos deve girar na casa de R$ 15 a 20 milhões, segundo interlocutores da Unicat.

Um episódio que chamou a atenção recentemente foi o de pacientes com asma que passaram a não ter acesso a medicação, problema que se arrasta desde final de outubro. São quatro medicamentos em falta, como formoterol, budesonida, e atorvastatina, que a Sesap não conseguiu dar andamento à licitação e a compra dos medicamentos. Segundo Thiago Vieira, da Unicat, cerca de 5,8 mil pacientes fazem parte desse grupo.

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“Cracolândia” preocupa moradores e comerciantes na avenida Jaguarari

Moradores, motoristas e comerciantes se preocupam com o cenário de abandono em um trecho da Avenida Jaguarari, onde vivem pessoas em situação de rua. De acordo com trabalhadores que conversaram com a reportagem da TRIBUNA DO NORTE, é comum a ocorrência de furtos, saques, consumo de drogas e sensação de insegurança na região. O trecho em questão é conhecido entre os moradores como “cracolândia de Natal” e está localizado no quarteirão entre o cruzamento com a Av. Nevaldo Rocha e a esquina com a Av. Antônio Basílio.

No local há também uma grande concentração de lixo próximo a um terreno. A falta de intervenção do poder público na região é a grande reclamação da população. Jorge Lira, que mora e trabalha na Av. Jaguarari há 34 anos, cobra uma ação do poder público para cuidar da situação, que considera alarmante. “É triste e ninguém vem aqui fazer nada, conversar com esse pessoal, ver as dificuldades tentar buscar uma solução. Desse jeito quem se prejudica é a região como um todo porque isso acaba afastando todo mundo”, diz.

A Secretaria Municipal de Assistência Social de Natal (Semtas) diz que já foram feitas três tentativas de abordagem às pessoas em situação de rua da Jaguarari, todas sem sucesso. A pasta afirma que estuda nova investida. “Já foram realizadas três tentativas por parte da equipe do Serviço Especializado em Abordagem Social de aproximação dos usuários e das usuárias, sem êxito. Em conjunto com demais serviços de outras políticas públicas do município, dada a complexidade da demanda, estaremos este ano a realizar uma ação intersetorial local de identificação e de oferta de atendimento a estes usuários”, disse em nota.

O pedreiro José Batista Pereira entende que além do problema de segurança, a situação também deveria ser tratada como uma questão de saúde pública. “Dependência química é uma doença, a medicina diz isso. Essas pessoas precisam ser averiguadas. Como em qualquer sociedade, tem as pessoas boas e as pessoas ruins, mas é preciso que se tenha assistência do governo. Eu sei que é complicado, é complexo porque são pessoas, mas não é só tirar da rua, existe todo um contexto que evite essas pessoas de voltarem para essa situação”, pontua.

No local, as pessoas dormem em papelões, enrolados em trapos, nas calçadas de estabelecimentos ou embaixo de fachadas de lojas. Também é possível ver uma grande quantidade de carrinhos de supermercados, que são usados para coletar materiais recicláveis. Chama a atenção também o esvaziamento de estabelecimentos, muitos abandonados, com placas de “vende-se” ou “aluga-se”, de comerciantes que deixaram a região devido ao contexto social da área, o que contribui para a sensação de insegurança e abandono.

O vendedor João Victor, que trabalha em uma loja de autopeças é outro que reclama do descaso no local. “A gente não vê nenhuma ação aqui. Só tem o pessoal da igreja que vem aqui, distribuir comida e só. Quando aparece uma casa ou loja com placa de ‘vende-se’, a gente já sabe que não dura dois dias porque o pessoal invade para roubar e comprar drogas. A situação é complicada, por isso que todo mundo aqui só conhece essa região por cracolândia”, diz.

O “apelido” faz referência a uma área localizada no coração de São Paulo, que tem sido o epicentro de debates, preocupações e intervenções há décadas. Essa região, conhecida por sua concentração de usuários de drogas, principalmente crack, é emblemática das complexidades enfrentadas pelas grandes cidades no que diz respeito à saúde pública, segurança, pobreza e políticas de drogas.

Um levantamento da Secretaria de Estado de Trabalho, Assistência Social e Habitação (Sethas), divulgado em 2022, mostrou que o número de pessoas em situação de rua em Natal é de 1.491. Os dados são parte do primeiro Censo da População em Situação de Rua no Rio Grande do Norte. Em todo o estado, cerca de 2.200 pessoas vivem nas ruas, sendo mais da metade na capital.

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Pesquisa recruta voluntários com depressão para testar novo tratamento

Pacientes com depressão e resistentes a tratamento podem ser voluntários de pesquisa que investiga a cetamina como um tratamento alternativo para a doença. O estudo é realizado na UFRN pelo Departamento de Fisiologia e Comportamento (DFS) do Centro de Biociências (CB), pelo Instituto do Cérebro (ICe) e pelo Departamento de Psiquiatria do Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol). Para participar, basta enviar um e-mail para o endereço eletrônico cetaminaufrn@gmail.com demonstrando interesse, que as instruções serão enviadas.

A equipe de pesquisadores é formada pelos professores Dráulio de Araújo e Fernanda Fontes (ICe/UFRN); Nicole Galvão (DFS/CB/UFRN); Patrícia Cavalcanti e Emerson Arcoverde, do Departamento de Psiquiatria do Huol. O tratamento é gratuito e dura nove semanas. A administração da cetamina é semanal. Cada sessão tem um tempo médio de duas a três horas.

De acordo com Nicole Galvão, o objetivo do estudo é validar a cetamina, com uma aplicação subcutânea. “A aplicação é feita na região do abdômen, como se fosse a aplicação de insulina para que seja mais acessível, principalmente no contexto da população brasileira, sendo aproximadamente R$15 o custo de uma unidade da substância”, explica.

Além da administração da cetamina, são coletados dados clínicos e realizados exames de sangue a fim de investigar as alterações de moléculas relacionadas à depressão. O grupo também busca fazer um protocolo de psicoterapia com os pacientes que participam do estudo.

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