Pesquisa Futura mostra Paulinho Freire com 39,1%, Carlos Eduardo com 29,2%, e Natália Bonavides tem 17,1% das intenções de voto, em Natal

O empresário e deputado federal Paulinho Freire (União Brasil) lidera a corrida eleitoral para prefeitura de Natal com 39,1% das intenções de voto, segundo pesquisa da empresa 100% Cidades, em parceria com a Futura Inteligência, divulgada nesta quarta-feira, 25. O ex-prefeito Carlos Eduardo Alves (PSD) aparece em segundo lugar com 29,2%.

Em terceiro está a deputada federal Natália Bonavides (PT), que soma 17,1%, enquanto Rafael Motta (Avante) tem 3,2%. Os demais candidatos somaram menos de 1%. Os votos brancos e nulos totalizam 5,7%, e 4,8% dos eleitores se declaram indecisos.

Essa é a segunda pesquisa do instituto sobre a disputa na capital potiguar. A anterior, divulgada em agosto, mostrava dois cenários com nomes distintos. Carlos Eduardo aparecia no primeiro lugar em ambos, com 34% a 37% das intenções de voto, seguido por Freire, que registrava de 21% a 23% e Natalia, com 15% a 16%. Os estudos, porém, não podem ser comparados por terem nomes diferentes.

Pesquisa para prefeito em Natal:

  • Paulinho Freire (União Brasil): 39,1%
  • Carlos Eduardo Alves (PSD): 29,2%
  • Natália Bonavides (PT): 17,1%
  • Rafael Motta (Avante): 3,2%
  • Nando Poeta (PSTU): 0,7%
  • Hero (PRTB): 0,2%
  • Ninguém/Branco/Nulo: 5,7%
  • Indecisos: 4,8%

Segundo turno

A Futura Inteligência também simulou três cenários de segundo turno. No confronto entre Paulinho Freire e Carlos Eduardo, Freire aparece numericamente na frente com 43,3% das intenções de voto contra 39,1% de Carlos Eduardo. De acordo com a margem de erro, que é de quatro pontos percentuais para mais ou para menos, os dois estão tecnicamente empatados.

Em uma disputa entre o candidato do União com Natália Bonavides, Freire lideraria com 57,0% contra 27,7% da petista. Já em um eventual segundo turno entre Carlos Eduardo e Natália Bonavides, o candidato do PSD venceria com 52,0%, enquanto a deputada federal ficaria com 25,3%.

Cenário 1:

  • Paulinho Freire: 43,3%
  • Carlos Eduardo: 39,1%
  • Branco/Nulo: 13,0%
  • Indecisos: 4,6%

Cenário 2:

  • Carlos Eduardo: 52,0%
  • Natália Bonavides: 25,3%
  • Branco/Nulo: 20,2%
  • Indecisos: 2,4%

Cenário 3:

  • Paulinho Freire: 57,0%
  • Natália Bonavides: 27,7%
  • Branco/Nulo: 12,7%
  • Indecisos: 2,6%

A pesquisa foi registrada no TSE como RN-06814/2024 e realizou 600 entrevistas entre os dias 19 e 23 de setembro, usando a abordagem CATI (entrevista telefônica assistida por computador). A margem de erro é de quatro pontos percentuais para um nível de confiança de 95%.

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Idosos: especialistas alertam sobre cuidados para evitar quedas

Foi com uma simples queda da própria altura dentro de casa que Ubiragibe Ribeiro, 88, sofreu uma fratura da 12ª vértebra torácica e ficou cerca de 12 dias em internação hospitalar. Casos como esse são relatos comuns entre a população idosa. De acordo com dados do Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia, a estimativa é que cerca de 40% dos idosos com 80 anos ou mais sofram de quedas todos os anos. Durante o período de uma idade mais avançada, pequenas atividades que parecem simples durante a vida adulta podem significar um grande perigo e trazer consequências danosas. Com esses altos índices, os especialistas alertam para cuidados.

Ângela Costa, médica geriatra, explica que as quedas entre idosos acontecem por múltiplos fatores, desde fraqueza muscular, doenças crônicas, até o uso de medicamentos de caráter sedativo que podem causar tonturas, sonolência e queda de pressão. “O idoso se torna mais frágil pela existência de uma perda muscular no processo de envelhecimento. O próprio comprometimento cognitivo pode levar a uma diminuição da percepção do risco e a falta de coordenação”, afirma.       A sarcopenia é um dos transtornos progressivos que podem afetar fortemente perda de massa, força e função muscular. Ela é considerada primária ou relacionada à idade quando nenhuma outra causa específica é evidenciada. Segundo a Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG), a prevalência da sarcopenia atinge de 5% a 13% idosos entre 60 e 70 anos, e 11% a 50% naqueles com 80 anos ou mais.

Nesse processo de envelhecimento, toda e qualquer diminuição da capacidade funcional do idoso apresenta sinais que devem ser considerados com cuidado pela família. “Se você percebe que aquele idoso tem uma caminhada instável, se ele arrasta os pés quando anda, se ele tropeça muito, se ele reclama muito de episódios de tontura quando se levanta, quando ele tem perdas súbitas de equilíbrio é preciso ficar alerta”, explica Ângela Costa.

Ao contrário do que se imagina para a idade, Ubiragibe sempre se apresentou como um idoso bastante ativo. Subia escadas, fazia caminhadas pelo condomínio e saia para resolver assuntos pessoais sozinho. A queda, em agosto deste ano, foi repentina. “Eu não lembro de muita coisa. Quando eu cai, cai sem consciência. Só lembro de quando eu acordei no hospital”, relata. Com ele, moram a esposa e a filha, que rapidamente acionaram o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU).

No Hospital, Ubiragibe foi acompanhado por um Ortopedista e também precisou de um Neurologista. Ainda durante o período de internação, ele pôde aproveitar de pequenos exercícios de fisioterapia, e retornou para a residência com a recomendação de utilizar um andador devido aos novos cuidados necessários. Posteriormente, Ubiragibe descobriu alterações nas taxas que podem ter contribuído para a queda.

Por sorte e graças ao atendimento rápido, Seu Bira não teve um diagnóstico severo. Já para outros idosos, esse nem sempre é o cenário. “As consequências de uma queda podem ser simplesmente desde um trauma contuso a fraturas, podendo evoluir para até para uma imobilidade temporária. Ele vai perder a independência, ficando acamado de forma prolongada, se torna uma recuperação mais lenta, podendo aumentar o risco de outras complicações”, afirma a geriatra Ângela Costa.

Por isso se manter ativo não é algo que deve ser dispensado com o passar dos anos e sim fortalecido, mesmo após uma queda. “ Associada ao quadro de imobilidade e ficar restrito ao leito, podem desencadear casos de trombose venosa profunda, lesões por pressão, e também a um declínio psicológico e emocional no medo de cair novamente, ansiedade, depressão e a perda da confiança”, explica.

Depois do acidente há menos de dois meses, Ubiragibe precisou diminuir as saídas para preservar a saúde e as partes do corpo afetadas, mas não vê a hora de conseguir retomar a rotina normal. Dentro de casa, uma série de medidas preventivas foram tomadas para evitar um novo incidente, como o uso do calçado adequado, evitando “sandálias de dedo”, e sempre atento a iluminação e ao piso.

“Fora do ambiente doméstico também temos que ter cuidado sim, principalmente com superfícies que são irregulares, escorregadias, calçadas com piso desnivelado, escadas e rampas. É importante ter cuidado com questões relacionadas ao trânsito, como o cruzamento das ruas, subir e descer de ônibus ou trem, além de multidões e áreas movimentadas”, esclarece a geriatra Ângela Costa.

Fisioterapia pré e pós

Para que o envelhecimento seja um processo altamente monitorado, a fisioterapia é um dos pilares essenciais para implementação na rotina do idoso. De acordo com Luciana Santiago, fisioterapeuta com mais de 15 anos de experiência no cuidado do idoso, a especialidade desempenha um papel fundamental na recuperação física e funcional.

“A Fisioterapia Preventiva é uma abordagem muito usada em idosos na prevenção de quedas, visando manter ou melhorar aspectos funcionais que incapacitam o indivíduo com o passar dos anos, como a diminuição da força, flexibilidade, alterações de equilíbrio, marcha e coordenação”, explica Luciana Santiago.

Ubiragibe iniciou a fisioterapia somente após a queda. Hoje na 6ª sessão com acompanhamento de Luciana e respondendo bem ao tratamento, ele já deixou o andador e foi liberado para o uso apenas da bengala para as atividades que precisa realizar em pé. “Me senti muito melhor depois que comecei a fisioterapia e ela [a fisioterapeuta] também é muito atenciosa”, avalia.

Luciana afirma que o tratamento fisioterapêutico é individualizado a partir de uma conduta de que deve abranger o controle da dor, fortalecimento muscular, treino de equilíbrio, marcha e coordenação, restaurando as funções afetadas decorrentes da queda. “Atendimentos no ambiente doméstico sempre ajudam a deixar o idoso mais à vontade, e com isso conseguimos ir evoluindo para novos espaços à medida que o paciente também evolui”, considera.

Cuidados importantes

De acordo com Ângela Costa, médica geriatra, pequenas mudanças no dia a dia são determinantes para que os episódios de queda sejam evitados. O uso de calçados antiderrapantes é algo que deve ser implementado pelo idoso tanto dentro, quanto fora de casa, aliado a outras práticas.

“A prevenção vai desde exercícios físicos regulares de fortalecimento muscular, exercícios de equilíbrio e coordenação, podendo estar associado inclusive à fisioterapia de reabilitação, além de exercícios de alongamento para melhorar a questão de mobilidade e flexibilidade das articulações. Já na ida ao médico, é importante que em toda consulta seja feita uma revisão de medicação”, afirma. Segundo a especialista, quando houver quadro de tontura, sonolência ou diminuição da pressão, é importante que a dose seja ajustada.

No ambiente residencial, a geriatra aproveita para ressaltar a importância de retirar o uso de tapetes, instalar barras de apoio, melhorar a iluminação e organizar os móveis de modo que os movimentos sejam facilitados e evitem uma possível colisão.

“Quem cai aumenta também os custos com saúde, devido à hospitalização, cirurgia e serviços de reabilitação, como fisioterapia. Quando não existe alguém com maior capacidade física, também há a necessidade de contratar um cuidador”, afirma a geriatra Ângela Costa.

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Dados mostram aumento dos casos de suicídio no Brasil

Dados compilados pelo Ministério da Saúde, através do DataSUS, mostram que o número de suicídios no Brasil aumentou 136% desde 2015. Enquanto em 2015, 7.671 pessoas tiraram a própria vida, os números mais recentes de 2022 apontam um salto para 16.462. Isso equivale a uma média de 45 suicídios diariamente. Para os especialistas, esses números preocupam e emergem a necessidade de cuidados da saúde mental da população, além do preparo dos profissionais e das forças de segurança para acolher esse cenário.

Izabella Camargo, jornalista e escritora, foi uma das palestrantes do IV Seminário de Saúde Mental e Prevenção, realizado nesta quarta-feira (18), no Teatro Riachuelo. Com o tema “Cadê os IPIs da Saúde Mental?”, a convidada apresentou diretrizes para que as empresas e indivíduos estejam alinhados com o objetivo de preservação do cuidado mental, coibindo o assédio moral.        “Quando a gente está falando de saúde mental, nós estamos falando de direitos e deveres que todos assediador precisa ter consciência. Aquilo que ele está fazendo vai provocar uma consequência, a do afastamento e do adoecimento. Se o custo humano não tiver sendo respeitado, o custo econômico vai exigir esse novo posicionamento da liderança”, afirma.

Uma das medidas sugeridas pela profissional é a criação de uma sinalização pessoal no ambiente cooperativo que permita a abertura de disponibilidade para diálogos ou não, a partir do nível de concentração nas demandas diárias. “Esse é um EPI muito simples e criado de uma maneira lúdica que faz com que a gente comece a ampliar o repertório nesse assunto”, explica.

Dentro desse cuidado, as forças de segurança desempenham um papel essencial. O Coronel Diógenes Munhoz, do Corpo de Bombeiros Militar de São Paulo, esclareceu mais detalhes sobre o Protocolo Nacional de Abordagem Técnica a Tentativa de Suicídio. Hoje, parte dos primeiros profissionais acionados para atendimento de uma emergência como a tentativa de suicídio são os bombeiros e policiais militares. Para isso, é importante uma capacitação contínua de humanização desse atendimento.

“A escuta compassiva é a grande chave para a redução dos índices de suicídios consumados. Você faz com que pessoas saibam ouvir as outras pessoas que estão nos seus piores momentos de vida.

Hoje nós vivemos em um mundo tão acelerado que a gente não consegue mais doar a audição. Essa técnica faz com que as pessoas sejam acolhidas e desistam naturalmente”, considera. De acordo com ele, essa aplicação em São Paulo, resultou na desistência de 23,3% das ocorrências de tentativa de suicídio.

O evento reuniu mais de 1,6 mil pessoas e também contou com o psiquiatra Neury Botega no tema “O Impacto do Comportamento Suicida”, a psicóloga Karen Scavanici com “Tecnologia e Prevenção ao suicídio: para onde estamos indo?”, e a mesa redonda “Saúde mental: a importância de falar sobre o suicídio” com a psiquiatra Adriana Araújo, as psicólogas Cristina Hahn e Mariana Cella, e a subcoordenadora de Redes de Atenção e Linhas de Cuidado, Caroline Sobral.

RN adere ao “Escuta Susp”

Durante o evento, o Governo do Rio Grande do Norte foi o quarto estado brasileiro a assinar a adesão ao programa Escuta Susp, desenvolvido pelo Ministério da Saúde para promover o cuidado da saúde mental aos profissionais da segurança pública. A ação aconteceu durante o Seminário, com a presença da governadora Fátima Bezerra e do secretário nacional da Segurança Pública, Mário Luiz Sarrubbo.

O Sistema Único de Segurança Pública (Susp) é destinado a policiais e bombeiros militares, policiais civis e servidores do Instituto Técnico-Científico de Perícia. Apenas no território potiguar, são aproximadamente 12 mil profissionais.

Estão aptos a solicitar atendimento do Escuta Susp aqueles profissionais de segurança pública da ativa que estejam passando por situação de sofrimento psicológico, e que não possuem atendimento ou acompanhamento de forma presencial. Os pedidos deverão ser realizados no site: http://www.gov.br/mj/pt-br/assuntos/sua-seguranca/seguranca-publica/escuta-susp

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Febre Oropouche: Estado alerta sobre cuidados após primeiro caso no RN

A Secretaria Municipal de Saúde (SMS) de Natal emitiu um alerta à população após a confirmação do primeiro caso de Febre Oropouche no estado do Rio Grande do Norte nesta semana. A doença viral, transmitida pelo mosquito Culicoides paraensis (conhecido como maruim), tem gerado preocupação devido à sua rápida transmissão e potencial epidêmico.

Causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), a Febre Oropouche é uma ameaça crescente em regiões tropicais, como a Amazônia. Desde sua identificação na década de 1960, o vírus tem sido monitorado, mas novos surtos em áreas urbanas e rurais reforçam a necessidade de vigilância. A SMS destaca que todo caso confirmado deve ser imediatamente notificado às autoridades sanitárias para conter a disseminação da doença.   

Sintomas e prevenção

Os sintomas da Febre Oropouche são semelhantes aos de outras arboviroses, como dengue, zika e chikungunya, incluindo dores de cabeça e no corpo, diarreia, náuseas e sensibilidade à luz. Devido à semelhança com outras doenças transmitidas por mosquitos, a investigação clínica e laboratorial é essencial para um diagnóstico preciso. Embora a Febre Oropouche não tenha um tratamento específico, o acompanhamento médico e repouso são recomendados em casos suspeitos ou confirmados.

A SMS orienta a população a adotar medidas preventivas para evitar a picada do mosquito maruim. As recomendações incluem:

Cobrir o corpo com roupas de manga longa e calças.

Usar repelentes com DEET, IR3535 ou icaridina.

Utilizar mosquiteiros e telas em janelas e portas.

Manter quintais e áreas expostas sempre limpos e evitar plantações que atraiam mosquitos.

O que fazer em caso de sintomas?

A Secretaria de Saúde reforça que, ao perceber os sintomas associados à Febre Oropouche, é fundamental procurar uma unidade de saúde para avaliação clínica, laboratorial e epidemiológica. A rápida notificação de casos suspeitos e confirmados é crucial para que o Ministério da Saúde possa intensificar as ações de combate ao vetor e controlar possíveis surtos.

Com o aumento dos casos de doenças transmitidas por mosquitos, o alerta permanece para toda a população quanto à prevenção e ao cuidado com a saúde pública.

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