Município do RN realizará quatro eleições em 4 anos
Em praticamente quatro anos, os eleitores do município de Pedro Velho, na região Agreste, vão para a quarta eleição neste domingo (3), tendo de escolher entre dois candidatos a prefeito – o agropecuarista João Celso Peixoto Targino, 64 anos, pela coligação “Para o Bem de Pedro Velho (MDB/ Federação PSDB/Cidadania/PSD/PSB) e o empresário do setor de eventos Pedro Gomes da Silva Júnior (União Brasil), o “Júnior Balada”, 41 anos.
“A nossa administração terá um tripé formado pelas ações nas áreas da Educação, Saúde e Assistência Social, sem contudo esquecer das demais áreas fomentadoras de riquezas, tais como a Agricultura, Cultura e Desporto, Turismo e Meio Ambiente, geração de emprego e renda”, resume Targino, na sua proposta administrativa apresentada na 11ª Zona Eleitoral, sediada em Canguaretama.
Mas incisivo, “Júnior Balada” alertou em sua proposta de gestão, que “há muito tempo o município vem sofrendo com a irresponsabilidade de gestores, hoje, a sua maioria se encontra inelegível, carregando no seu histórico escândalos de corrupção e desvio de dinheiro público”.
“Estamos apresentando um plano de governo capaz de resgatar a autoestima dos munícipes, com propostas inovadores que vai fazer com que Pedro Velho receba um choque de gestão”, avisa.
VICE
Adversário de João C. Targino, o empresário “Júnior Balada” já tentou se eleger prefeito e agora terá como companheiro de chapa o vereador Jáder Marques de Lima. Pela coligação “Para o Bem de Pedro Velho), a candidata à vice-prefeita é a professora de ensino fundamental e ex-vereadora Ananilda de Oliveira Barbosa (PSDB), 65 anos.
De um lado, João Celso Targino tenta retomar o poder político da família. O pai, Gilberto Targino foi duas vezes prefeito (1963/1965) e 1973/1977), a mãe Lilita Targino (1989/1992), uma e um mandato da irmã, Patrícia Targino, que eleita em 2016, faleceu no exercício do cargo, em 2019.
AFASTAMENTO
Em 2020, João C. Targino concorreu ao cargo, mas perdeu a eleição, no mesmo ano, para a então prefeita Dejerlane Macedo, que havia assumido o Executivo como vice da falecida prefeita.
Já em março de 2022, Dejerlane Macedo foi cassada pela Justiça Eleitoral, sendo substituída pela presidente da Câmara Municipal, vereadora Francisca Edna Lemos, que reeleita no cargo de prefeita, também perdeu o mandato por crime eleitoral.
A cassação da ex-prefeita Francisca Edna Lemos, deveu-se a uma ação judicial da coligação “Pedro Velho Para Todos”, formada pelos partidos PT, PCdoB e PV, que em 2022 a acusou de prática de abuso de poder político e de conduta vedada. De acordo com a acusação, a gestora municipal, no período em que assumiu temporariamente a Prefeitura, teria realizado mais de 300 novas contratações com o objetivo de promover sua candidatura ao pleito suplementar.
O Tribunal Regional Eleitoral (TRE) cassou, definitivamente, os mandatos da prefeita Francisca Edna de Lemos e da vice-prefeita Rejane Maria de Lima Costa, em 29 de dezembro do ano passado, tendo sido substituída no cargo pelo presidente da Câmara, Francisco Gomes da Silva (Pros).
Os 11.840 eleitores de Pedro Velho ainda voltarão às urnas, pela 4ª vez em 4 anos, em 6 de outubro, quando deverá concorrer à reeleição o candidato que for eleito neste domingo (3), ao cumprir um mandato “tampão”.