Comissão técnica do Brasil se reúne na folga e vê 'boa vitória' do Uruguai

LUCAS MUSETTI PERAZOLLI
SALVADOR, BA (UOL/FOLHAPRESS) - A comissão técnica da seleção brasileira se reuniu na folga para ver o jogo do rival Uruguai contra a Colômbia na última sexta-feira (15).

A seleção teve folga e jogadores e funcionários fizeram diferentes passeios, mas à noite a comissão técnica se reuniu para ver o Uruguai, próximo adversário nas Eliminatórias.

Os membros da comissão assistiram e discutiram sobre o Uruguai ao longo da partida. O estudo será concluído e os principais pontos passados aos atletas na preparação para o jogo.

Dorival Júnior viu uma "boa vitória" do Uruguai. O técnico considerou que a Celeste melhorou o desempenho e mostrou muita força mental para vencer por 3 a 2 no último minuto.

O Uruguai assumiu a vice-liderança com 19 pontos, dois a mais que o Brasil. O confronto direto ocorrerá na terça (19), na Fonte Nova.

A seleção brasileira só empatou em 1 a 1 com a Venezuela. O Uruguai afastou a crise e venceu depois de oito jogos de jejum.

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Cármen Lúcia vota e STF fica próximo de manter prisão de jogador

O julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a continuidade de Robinho na prisão teve um importante avanço neste sábado. Com o posicionamento da ministra Cármen Lúcia, o placar agora está em cinco votos a favor a permanência do jogador na penitenciária de Tremembé, no interior de São Paulo. A decisão, que conta com um voto contrário (de Gilmar Mendes), precisa apenas de mais um voto para atingir a maioria dos 11 ministros.

Preso desde março, Robinho cumpre pena por estupro, crime pelo qual foi condenado na Itália. O julgamento teve início na última quinta-feira e os ministros têm até o dia 26 para formalizarem suas posições. O processo ocorre em formato virtual, no qual os magistrados registram seus votos de forma escrita, sem debates diretos.

Cármen Lúcia, última a se manifestar até o momento, destacou em seu voto o impacto global da impunidade em crimes contra mulheres. "Mulheres em todo o mundo são submetidas a crimes como o de que aqui se cuida, causando agravo de inegável intensidade a quem seja a vítima direta, e também a vítima indireta, que é toda e cada mulher do mundo, numa cultura, que ainda se demonstra desgraçadamente presente, de violação à dignidade de todas".

"A impunidade pela prática desses crimes é mais que um descaso, é um incentivo permanente à continuidade desse estado de coisas de desumanidade e cinismo, instalado contra todas as mulheres em todos os cantos do planeta, a despeito das normas jurídicas impositivas de respeito ao direito à vida digna de todas as pessoas humanas", completou a magistrada.

Além de Cármen Lúcia, também votaram a favor da permanência de Robinho na cadeia os seguintes ministros: Luiz Fux (relator do caso), Edson Fachin, Luís Roberto Barroso e Cristiano Zanin. O ministro Gilmar Mendes segue sendo o único a apoiar a soltura.

A defesa de Robinho alega que o Supremo Tribunal de Justiça (STJ) não teria a competência para determinar a reclusão imediata do jogador.

Em setembro, o ministro Luiz Fux, relator do caso, havia sido o único a declarar seu voto, antes do julgamento ser interrompido, ainda nos primeiros minutos da sessão, com o pedido de vista de Gilmar Mendes. À época, Fux foi contrário aos dois pedidos de habeas corpus da defesa do jogador, entendendo que não houve irregularidades do STJ ao determinar que ele cumprisse a pena no Brasil. Ele também destacou que Robinho foi "devidamente assistido por advogado de sua confiança" durante o processo de condenação.

Robinho está no pavilhão 1 da a Penitenciária II de Tremembé desde março deste ano. Na prisão, ele tem o hábito de jogar futebol com os outros detentos e de ler. Além disso, ele tem aula de dois projetos, com dez módulos cada um, "De olho no futuro" e "Reescrevendo a minha história". Ele já fez nove de cada.

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Cristiano Ronaldo diz que Portugal o motiva e evita aposentadoria: 'Daqui um ou dois anos'

Destaque na goleada de Portugal por 5 a 1 sobre a Polônia, na sexta-feira, pela Liga das Nações, o craque Cristiano Ronaldo afirmou que espera continuar aproveitando cada momento em campo, enquanto se sentir bem, e deixar a aposentadoria mais para a frente. Próximo de completar 40 anos, o craque do Al-Nassr, da Arábia Saudita, disse que pode pendurar as chuteiras em um ou dois anos.

"(Estou) desfrutando. Vai acontecer de planejar a aposentadoria, mas daqui a um ano, dois, não sei. Por isso que eu digo, e digo com sinceridade, que é desfrutar o momento. Poder me levantar, ir para o treino e jogar motivado. Quando não sentir isso, vou dar um passo à frente e dizer 'já não dá mais para mim, foi uma carreira excelente'", comentou o atacante após a partida. "Mas ainda não senti isso", disse.

Na partida que sacramentou a classificação de sua seleção às quartas de final da Liga das Nações e a liderança da chave, o camisa 7 marcou dois gols, sendo um deles uma pintura de voleio, e ainda deu o passe para Pedro Neto deixar sua marca. Para o jogador, porém, o golaço não foi tão especial.

"Já marquei alguns gols bonitos pela seleção, então é difícil de dizer. Foi um gol bonito, mas não sei se foi um dos mais bonitos, sinceramente. Tenho que rever, ver o grau de dificuldade também, mas estou bastante feliz", analisou. "No pênalti, estava um pouco indeciso porque tinha errado no último jogo no Al-Nassr. E, quando é assim, a ansiedade é um pouquinho maior. Mas a equipe jogou bem e estamos de parabéns."

Com os gols marcados diante da Polônia, Cristiano Ronaldo atingiu a marca de 910, mas o craque fez questão de minimizar a corrida pelo milésimo tento na carreira, apesar do desejo. "Se você me perguntar se quero chegar aos 1.000 gols, obviamente, é normal querer, mas não penso nisso. É pensar jogo a jogo, daqui a três meses, vou fazer 40 anos, tenho que ir com calma. É isso que estou fazendo, principalmente, na seleção. Gosto de jogar aqui", comentou.

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Gilmar Mendes vota a favor de soltura de Robinho e placar fica 2 a 1 para manter prisão

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), foi o primeiro a votar para liberar Robinho da prisão na manhã desta sexta-feira. Antes dele, os ministros Luiz Fux e Edson Fachin, também deram seus votos, mas para manter a prisão. Portanto, o placar está 2 a 1 para que o ex-jogador continue preso. Os ministros têm até o dia 26 para votar.

O julgamento do caso Robinho foi retomado nesta sexta-feira, com dois pedidos da defesa para a obtenção do habeas corpus. Os advogados do ex-jogador questionam a legalidade da prisão, realizada em março deste ano após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) mandar executar, em território brasileiro, a condenação pelo crime de estupro que o ex-atleta cometeu na Itália. A defesa também pede que ele cumpra a pena em liberdade até se encerrarem todos os recursos para recorrer ao caso.

O relator designado para o julgamento é o ministro Luiz Fux, que voltou contra soltar Robinho. Os demais ministros têm a opção de seguir o relator ou votar a favor de tirar o ex-jogador da prisão, como fez Gilmar Mendes, o único até o momento. A votação é feita de forma online e ocorre no plenário virtual. Ao todo, 11 ministros compõem o STF. E, para que Robinho fique livre, ele precisa vencer pela maioria simples, ou seja, conseguir ao menos seis votos.

RELEMBRE O CASO

Robinho foi condenado por estupro de uma jovem albanesa, na Itália, em 2013, quando atuava pelo Milan. O caso aconteceu em uma casa noturna italiana, e outros cinco amigos do ex-jogador também estavam envolvidos. Um deles, Roberto Falco, também está preso. Outros quatro não foram julgados.

Na Itália, Robinho tentou recorrer da decisão da Justiça, mas foi condenado nas três instâncias. A última - e definitiva - foi em 2022. Nesta época, ele já tinha retornado ao Brasil. Por conta disso, a o Ministério de Justiça da Itália fez um pedido de extradição ao Brasil, ou seja, que o Governo enviasse o jogador de volta para a Itália.

Como o País não extradita cidadãos brasileiros, a Justiça italiana pediu que a sentença de nove anos de prisão fosse cumprida no Brasil. Em março deste ano o ex-jogador foi preso e cumpre a pena desde então.

Robinho está no pavilhão 1 da a Penitenciária II de Tremembé desde março deste ano. Na prisão, ele tem o hábito de jogar futebol com os outros detentos e de ler. Além disso, ele tem aula de dois projetos, com dez módulos cada, "De olho no futuro" e "Reescrevendo a minha história". Ele já cumpriu nove de cada.

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Pix completa 4 anos com adesão de 154 milhões de brasileiros

O Pix completa quatro anos de funcionamento neste sábado (16) e já se consolidou como o meio de pagamento instantâneo mais utilizado pelos brasileiros. Lançado em 16 de novembro de 2020, no primeiro dia houve 1,6 milhão de transações, segundo o Banco Central. Quatro anos depois, em um único dia já foi registrado recorde de 227 milhões de transações.

Mas a média diária registrada em setembro foi de 184 milhões de transações via Pix. Quase metade delas (48%) é entre pessoas físicas e 40%, para empresas. “O Pix não é só popular, mas ele se tornou uma ferramenta indispensável”, afirmou Renato Gomes, diretor de organização do sistema financeiro e resolução do Banco Central, durante live.

Além disso, atualmente existem 154 milhões de pessoas físicas com chaves cadastradas no Pix, enquanto a população de adultos do país é de 160 milhões. “Quase todo adulto do país tem uma chave Pix, faltam 6 milhões e nós queremos trazer esses 6 milhões para utilizar o Pix também”, acrescentou Gomes.

Expansão

A Febraban (Federação Brasileira de Bancos) estima que o Pix deverá crescer este ano 58,8% em relação a 2023 e movimentar R$ 27,3 trilhões. Projeção mostra ainda que o número de transações da ferramenta também deverá apresentar expansão de 52,4%, chegando a 63,7 bilhões de operações. Em quatro anos, já somam 121,5 bilhões de transações, atingindo R$ 52,6 trilhões.

Os resultados alcançados pelo Pix neste ano (até 30 de setembro) já ultrapassaram as estatísticas alcançadas pela ferramenta em todo o ano de 2023. Já foram feitas 45,7 bilhões de transações totalizando R$ 19,1 trilhões.

“O Pix foi uma agenda emblemática do Banco Central, algo histórico, e que se somou a outras importantes mudanças que o setor bancário já introduziu no dia a dia das pessoas ao longo dos anos, como os tokens, a internet banking, biometria e o mobile banking. É um sucesso nacional e um exemplo internacional”, avalia Isaac Sidney, presidente da Febraban, em nota.

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Sob ataque do varejo, bets despejarão R$ 2 bilhões no futebol em 2025


As bets investirão R$ 2 bilhões no próximo ano em cotas de patrocínio e publicidade no futebol, sinaliza acirramento de rixa travada com as redes do varejo, que vêm perdendo essa competição diante dos elevados custos cobrados após a entrada das casas de apostas.

Dados da ANJL (Associação Nacional de Jogos e Loterias), que reúne 21 empresas do setor, mostram que, em 2025, o montante será aportado em clubes, federações, transmissões e propaganda em geral.

A competição tem gerado reação do varejo contra as bets em ringues diversos, como a Justiça e a recém-instaurada CPI no Senado, ante a perda de cotas de patrocínio e publicidade no futebol.

Nas transmissões de TV, carro-chefe do Brasileirão, os direitos de nome passaram, após seis anos, do atacadista Assaí para a Betano.

Os aportes programados pelas bets em cada segmento mostram o tamanho dos interesses envolvidos. Serão R$ 320 milhões na TV aberta e R$ 150 milhões na fechada; R$ 100 milhões em mídias digitais e R$ 35 milhões no rádio.

Os clubes de futebol, que se alinharam na defesa da permanência da legislação que libera as bets, receberão R$ 600 milhões e as federações, outros R$ 160 milhões. Os gastos em placas de estádio vão ultrapassar R$ 790 milhões.

Principal entidade do varejo brasileiro, a CNC (Confederação Nacional do Comércio) ajuizou no Supremo uma ação para declarar a lei das bets inconstitucional. Nesta semana, representantes do segmento abriram fogo contra as companhias de apostas em audiência no Supremo.

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Turista morre em acidente de quadriciclo na região da Lagoa de Pitangui

Um homem morreu na tarde desta sexta-feira (15) em um acidente envolvendo quadriciclos na região da Lagoa de Pitangui, em Extremoz, na Grande Natal. Segundo relatos de testemunhas, a vítima, um idoso que estava a passeio com a família, colidiu com outro veículo durante o trajeto. Com o impacto, ambos os quadriciclos caíram em um barranco, exigindo o resgate das vítimas por helicóptero.

Após o acidente, o idoso ficou desacordado. Equipes do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) realizaram manobras de reanimação, mas ele não resistiu aos ferimentos e teve o óbito constatado no local. A informação foi confirmada pelo major Moisés, subcomandante do 16º Batalhão da Polícia Militar.

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Zanin e Dino votam contra pedido do MPF para retirar símbolos religiosos em órgãos públicos

Os ministros Cristiano Zanin e Flávio Dino, do Supremo Tribunal Federal (STF), votaram nesta sexta-feira (15) para rejeitar um recurso que pede a retirada de todos os símbolos religiosos em órgãos públicos.

A discussão passa por saber se a presença desses símbolos, como crucifixos, fere princípios como o do Estado laico.

Para Zanin, relator do caso, a existência dos itens religiosos nos prédios públicos não viola as normas constitucionais, desde que tenha o objetivo de manifestar a tradição cultural da sociedade brasileira. Dino seguiu o entendimento.

O tema está sendo julgado em sessão virtual que começou nesta sexta (15) e vai até 26 de novembro. No formato, não há debate entre os ministros, que apresentam seus votos em um sistema eletrônico.

Herança cultural, diz Zanin

Em seu voto, Zanin disse que a presença dos símbolos religiosos nos espaços públicos “não deslegitima” a ação estatal, seja administrativa ou de julgador, “mesmo porque a fundamentação jurídica não se assenta em elementos divinos”.

Segundo o ministro, a existência desses itens “não constrange o crente a renunciar à sua fé; não retira a sua faculdade de autodeterminação e percepção mítico-simbólica; nem fere a sua liberdade de ter, não ter ou deixar de ter uma religião”. Para Zanin, a solução da controvérsia passa por levar em consideração o “aspecto histórico-cultural presente”, como a importância do catolicismo.

“No início de meu voto, demonstrei como o Cristianismo — até então liderado pela Igreja Católica — esteve presente na formação da sociedade brasileira, registrando a presença jesuítica desde o episódio do descobrimento e, a partir daí, atuando na formação educacional e moral do povo que surgia”, afirmou.

“Não fossem apenas os crucifixos, não há como desconsiderar as dezenas de dias consagrados — diversos deles com decretação de feriado —, a nomenclatura de ruas, praças, avenidas e outros logradouros públicos, escolas públicas, estados brasileiros, que revelam a força de uma tradição que, antes de segregar, compõe a rica história brasileira.”

Legado do cristianismo, diz Dino

Ao acompanhar o entendimento, Flávio Dino também ressaltou que a valorização da dimensão religiosa do ser humano pela Constituição “reflete uma influência histórica do cristianismo e, em particular, da Igreja Católica”.

Dino deu exemplos da presença desse legado os nomes de estados e municípios. “Com nomes de Santas e Santos, são 586 Municípios, aproximadamente. Tais denominações são parte da construção de nossa identidade nacional”, afirmou.

“O descanso semanal remunerado, prática consolidada na legislação trabalhista e na rotina dos brasileiros, é mais uma herança da tradição judaico-cristã que foi incorporada à nossa cultura e que beneficia a organização da vida social, sem impor ou discriminar qualquer religião”, disse Dino.

De acordo com o magistrado, a presença de símbolos religiosos do cristianismo vai além do aspecto “puramente religioso e assumem um valor cultural e de identidade coletiva”.

“O crucifixo, assim, possui um duplo significado: representa a fé para os crentes e a cultura para os que compartilham da comunidade”, afirmou.

Segundo Dino, proibir a exposição de crucifixos em repartições públicas seria instituir um “Estado que não apenas ignora, mas se opõe a suas próprias raízes culturais e à liberdade de crença”.

O caso

A discussão sobre o tema chegou ao STF por meio de um recurso do Ministério Público Federal (MPF).

O órgão havia acionado a Justiça Federal em São Paulo contra a exposição de símbolos religiosos em repartições públicas do estado.

O Judiciário negou o pedido em duas instâncias. No Supremo, o caso teve reconhecida a repercussão geral.

Na Corte, a posição defendida pela Procuradoria-Geral da República (PGR) passou a ser a de rejeição do pedido.

Segundo o órgão, os símbolos religiosos não violam os princípios da laicidade do Estado, da liberdade de crença, da isonomia, da impessoalidade da Administração Pública e da imparcialidade do Poder Judiciário.

Tratam-se, segundo o órgão, de expressão da liberdade religiosa e da diversidade cultural do povo brasileiro, que deve ser “salvaguardada pela tolerância e respeito ao pluralismo”.

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