Senadores do RN reagem à PEC da Segurança de Lula

A bancada federal do Rio Grande do Norte, admite que a legislação vigente no país precisa de modificações para tornar mais eficaz o enfrentamento do crime organizado e a redução da violência, mas considera que a proposta do governo carece de aperfeiçoamento, fere o federalismo brasileiro, retira atribuições e restringe a atuação de Estados e municípios.

O senador Rogério Marinho (PL) alerta que o presidente Lula, com essa PEC, “se aproveita da crise de segurança pública que assola o Brasil para tentar retirar competências estaduais e dotar os órgãos federais de superpoderes”.

Rogério Marinho afirma que a proposta do governo federal “afronta a autonomia federativa, pois segurança é um tema que deve ser tratado levando em conta as peculiaridades locais”.

Segundo Marinho, “se estivesse mesmo preocupado com o país, Lula deveria promover a interlocução com o Judiciário, para evitar interferências como a ADPF 635, que retira autonomia da polícia do Rio de Janeiro para atuar contra o crime organizado nas favelas”.

Para o senador norte-riograndense, “se aproveitar de problemas tão sensíveis e caros à população para promover aparelhamento ideológico de instituições de Estado é marca histórica do PT. Sabemos no que isso vai dar, e não é bom para o Brasil”.

JOGO DE CENA

O senador Styvenson Valentim disse que “é um tema tão complexo e rico de debates, que não dá para ser discutido com uma reunião daquela com os governadores”.

Styvenson Valentim afirmou, ainda, que a reunião de quinta-feira (31) do presidente Lula com os governadores em Brasília, “politicamente é firula, quero ver na prática, porque quem vai decidir isso na prática é o Congresso Nacional”.

“Aquilo é para dar uma resposta à imprensa: olhe, a gente está preocupado, em 2026 a gente vai dizer que fez a reunião com os governadores, politicamente isso é ótimo, mas na prática, o que é que resolve”, criticou Valentim.

O senador do Podemos exemplificou que “não se consegue aumentar pena para estuprador, porque o PT não deixa, a gente não consegue tornar o crime organizado terrorismo, o PT não permitiu que o projeto caminhe na Câmara, passou no Senado porque botei debaixo do braço”.

Valentim acrescenta que “a legislação já é mais do que velha, tem que mudar o Código Penal e a processual penal, tem que acabar com os benefícios das impunidades, não só dos vagabundos, mas aqueles que têm foro privilegiado e cometem crimes piores do que as facções e as organizações criminosas. Aí eu quero ver como é que vai ser o debate”.

Por exemplo, Valentim defende mudanças, por exemplo, nas audiências de custódia, progressão de regimes, redução da maioridade penal e construção de presídios verticais: “Isso é que tem de ser mudado. Se o Executivo com sua trupe, não se envolvesse nisso, já seria um bom começo”.

Segundo Valentim, segurança pública também é missão dos Estados, mas tem que ter participação de prefeitos e toda sociedade, mas a PEC ainda “é insuficiente, até mesmo o papel do governo federal, porque parece que só está mesmo no artigo 144 da Constituição Federal, na prática é uma dificuldade das coisas acontecerem”.

“Também não adianta ter um Fundo Nacional de Segurança e não se ter capacidade de gasto, muitas vezes os estados não têm planejamento, estratégia e organização para usar os recursos”, alertou.

ZENAIDE

A senadora Zenaide Maia (PSD) disse que “o crime organizado é uma realidade, e não só municipal e nem estadual, acontece em todo Brasil e precisamos realmente que os dados sejam em conjunto, que se unam, para uma eficiência maior no combate. Acho o projeto interessante, pois não vai tirar autonomia de estados”.

“É compartilhamento de dados”, afirma a senadora, que inclusive apresentou uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC nº 44), que já conta com a assinatura de mais de 30 senadores “e determina a aplicação de recursos nas ações e programas do Sistema Único de Segurança Pública (SUSP), de forma progressiva, ao longo de quatro anos, finalizando com uma porcentagem mínima de 2,5% da receita corrente líquida da União”.

“Nós precisamos botar a Segurança Pública no Orçamento Geral da União”, defende a senadora Zenaide Maia.

Gonçalves e Benes criticam a PEC

Entre os oito parlamentares que compõem a bancada potiguar na Câmara Federal, o deputado Sargento Gonçalves (PL) considera “esta tal PEC da segurança pública inadequada e desnecessária.”

Sargento Gonçalves argumenta que “só não vê quem não quer, a intenção de Lula e seus “companheiros” não é melhorar a segurança pública ou diminuir a criminalidade. Muito menos fechar o cerco às facções criminosas”.

No entendimento de Gonçalves, “o objetivo é exatamente outro: criar uma espécie de guarda nacional fardada, aos moldes da Guarda Nacional Bolivariana da Venezuela, do companheiro de Lula, Nicolás Maduro”.

Segundo Gonçalves, ”a função do governo federal é apoiar as ações de segurança pública desenvolvidas pelos estados e municípios, e não querer interferir e até usurpar as funções já definidas”.

Finalmente, Gonçalves disse que “é impossível aceitar esse engodo do ex. ministro do STF, e sempre ministro de Lula, Sr. Lewandowisk, que insiste em apelidar está PEC, de aprimoramento da segurança pública do Brasil. No que depender de mim, irei lutar para impedir que este absurdo avance.

FORÇA

Na avaliação do deputado federal Benes Leocádio (União) “tudo que for feito para melhorar as condições de trabalho das forças de segurança do nosso país no enfrentamento à criminalidade é válido. Ainda acho muito pouco pelo caos que vive a segurança pública no país com essas medidas que ainda considero muito tímidas”.

O Benes Leocádio acredita que “a integração total das forças de segurança existentes hoje no Brasil, precisam ser integradas, aproximadas e divididas tudo que for informação e meios para se enfrentar à bandidagem. Mas ainda acho muito pouco que o governo federal está fazendo ou tem feito. Se não houver esse engajamento, essa integração de forças, continuaremos em minoria e em desvantagem, perdendo para as forças da criminalidade”.

Benes Leocádio disse esperar que “em breve essa integração não só das forças da União com os Estados, mas também com as guardas municipais e quem sabe dando-lhe condições inclusive de financiamento com o custeio através do Fundo Nacional de Segurança Pública, porque da forma como está é praticamente a gente vê e saber que se vai continuar enxugando gelo, as medidas na pontas a eficácia ainda é muito pouco, espero que sirva para se dar início a uma discussão mais ampla e até quem sabe é emendarmos essa proposta de emenda à,Constituição e de uma vez por toda buscarmos a integração das forças de segurança do Brasil de verdade”.

Leocádio opinou que “quanto ao tempo de ser agora, acho que já é até muito tarde, já deveríamos ter feito isso há um bom tempo. É importante saber que nós estamos há anos-luz atrás daqueles que desafiam o Estado brasileiro, e lamentavelmente ainda vamos ficar a mercê desses paliativos por muito tempo”.

“Não entendo isso ainda como um verdadeiro e necessário enfrentamento daqueles que teimam em desafiar. Não só as forças, mas também tirar o sossego das famílias brasileiras, que lamentavelmente é o que a gente tem visto hoje”, acrescento Leocádio, para completar: “Todo ano milhares e milhares e milhares de assassinatos, de roubos, de furtos, e o Estado ficando sempre, sempre, sempre a desejar naquilo que ele compreende”.

O deputado federal João Maia (PP) informou que “este é um assunto que ainda terei de estudar, pois não é minha especialidade, mas é certo que acompanharei a decisão do meu partido”.

Coronel Azevedo diz que PEC é uma afronta

O deputado estadual Coronel Azevedo (PT) avalia que “o texto do anteprojeto da PEC da segurança pública expressa o desejo de centralizar o poder policial em um dos entes federativos, a União, embora seu custeio seja eminentemente dos estados, cerca de 80% dos operadores de segurança pública são servidores estaduais, pagos pelos Estados.

Para o Coronel Azevedo, a PEC da segurança “afronta o federalismo brasileiro, enfraquece os estados, ameaça as liberdades. É preciso aprofundar o debate deste tema fundamental, conscientizar a população para afastar os arroubos autoritários, entendendo os riscos que todos estamos correndo”, disse.

O deputado estadual destacou que esta proposta é muito preocupante, revela o plano de concentração de poder pelo governo do PT, de controle absoluto do país.

Segundo Azevedo, “este modelo centralizador é comum em regimes socialistas, a exemplo de Cuba e Venezuela e aprisiona os cidadão nas mãos do Estado”.

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Cresce o número de AVCs entre pessoas de 18 a 45 anos


O Acidente Vascular Cerebral (AVC) já causou mais de 50 mil mortes no Brasil até agosto de 2024, conforme dados do Portal da Transparência do Registro Civil. Este número reforça o AVC como uma das principais causas de mortalidade e incapacitação no país, mas o impacto da doença entre jovens também preocupa: 18% dos casos ocorrem em indivíduos de 18 a 45 anos, segundo a Rede Brasil AVC. Esse avanço entre faixas etárias mais jovens acende um alerta para especialistas, que destacam a urgência de cuidados preventivos independente da idade.

Em julho de 2023, aos 36 anos, Cintha Pereira vivenciou o inesperado: um AVC que mudou radicalmente sua rotina e percepção sobre a saúde. A potiguar narra como começou a sentir os primeiros sintomas: uma forte dor de cabeça seguida por ânsia de vômito. “Era como uma crise de enxaqueca, e eu já tinha isso com frequência, mas sempre passava. Dessa vez não passou”, relembra. No dia, Cintha estava relaxando ao lado da família na Praia de Genipabu, quando a companheira percebeu que os sintomas apresentados estavam fora do comum e pediu para que elas fossem para um pronto atendimento.

Resistente, Cintha não aceitou e foi direto para casa, até que as dores se agravaram e a companheira decidiu acionar o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). Durante o atendimento, a hipótese inicial era uma crise de ansiedade devido ao consumo de álcool, mas que ela já estava acostumada e nunca havia sentido aquilo. A persistência de sua companheira, que percebeu as limitações de Cintha para responder e se movimentar, foi crucial para que o atendimento fosse redirecionado para uma Unidade de Pronto Atendimento (UPA). Lá, foram mais dificuldades até chegar a avaliação com a médica.

“Minha companheira dizia a médica o que está acontecendo isso, mas ela mandava ter calma e que só me atenderia depois de tomar o soro. Minha companheira insistiu outra vez dizendo que eu estava perdendo os movimentos e a médica já ficou até um pouco alterada. Ela abriu meu olho, pediu para apertar a mão dela e eu não apertei”, explica. Foi nesse momento que a equipe médica percebeu a real gravidade do caso e rapidamente encaminhou Cintha para o Hospital Monsenhor Walfredo Gurgel, onde ela realizou uma tomografia. Foi constatado que se tratava de um AVC e era necessário uma cirurgia.

Segundo Carlos Correia, neurologista no Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN/Ebserh), o aumento de casos de AVC entre jovens ainda está sendo investigado pela ciência, mas pode ser parcialmente explicado pela precocidade no desenvolvimento de doenças que historicamente atingiam idades mais avançadas, como a diabetes. “Há fatores genéticos e também ambientais, incluindo poluição e estresse, que podem impactar diretamente na saúde vascular. Ainda é difícil entender a real causa desse aumento em jovens, podendo haver fatores externos que desconhecemos”, afirma.

De acordo com o Ministério da Saúde, outros fatores são determinantes para a ocorrência de um AVC, como o sobrepeso, obesidade, tabagismo, uso excessivo de álcool, idade avançada, sedentarismo, uso de drogas ilícitas, histórico familiar e ser do sexo masculino.

Eliane Pereira, cardiologista no Hospital Universitário Onofre Lopes (Huol-UFRN/Ebserh), aponta que o estilo de vida é um fator determinante para o desenvolvimento desses casos. Ela explica que a hipertensão e o colesterol elevado são condições que, sem os devidos cuidados, podem levar a complicações severas como o AVC. “A pressão alta estimula a parede das artérias, podendo acumular placas e dilatar os vasos, o que aumenta o risco de rompimento”, detalha.

Para quem possui histórico familiar de doenças, o cuidado deve ser redobrado, a fim de evitar a continuidade desse cenário. Nesses casos, a médica também destaca a busca por exames regulares desde os 30 anos. “A falta de atividade física, estresse e má alimentação contribuem para o aparecimento precoce de placas nas artérias”, completa.

A conscientização sobre o AVC e a adoção de práticas saudáveis são apontadas como as principais estratégias para prevenir a doença entre jovens. Carlos Correia recomenda que, ao menor sinal de um sintoma suspeito, como dormência em um dos lados do corpo ou dificuldade de falar, o indivíduo procure atendimento imediato. “O reconhecimento precoce é o fator determinante para evitar sequelas graves e garantir qualidade de vida após um AVC”, afirma.

Diante dessa situação, ele reforça que além do paciente se perceber, a equipe médica também deve ter atenção para os sintomas olhando para além da idade e garantindo o tratamento correto. “A gente vê com uma certa frequência pessoas que às vezes se apresentaram com sintomas compatíveis com o AVC, mas o diagnóstico não foi dado por achar que não possível baseado somente na faixa etária”, alerta.

Desde o primeiro sintoma até a cirurgia, Cintha estima que se passaram quase oito horas, tempo este que poderia ter custado a sua vida. “Quando eu bati a tomografia no Walfredo, a médica que chegou para me acompanhar disse que a cada minuto que eu passava lá meu cérebro estava morrendo”, relata. No hospital particular em que ela foi transferida para a cirurgia, Cintha já tinha chegado desacordada.

AVC isquêmico x hemorrágico

O Ministério da Saúde explica que o Acidente Vascular Cerebral é dividido em dois tipos: o isquêmico e o hemorrágico. O AVC isquêmico corresponde a 85% dos casos e ocorre diante de uma obstrução de uma artéria, impedindo a passagem de oxigênio para células cerebrais, que acabam morrendo. Essa foi a situação de Cintha Pereira.

João Ferreira, neurocirurgião no Huol-UFRN/Ebserh, explica que o procedimento cirúrgico é indicado em casos onde há entupimento de grandes artérias, permitindo a realização de uma trombectomia. Esse procedimento é essencial para desobstruir o fluxo sanguíneo em casos de AVC isquêmico, restaurando a circulação antes que o tecido cerebral sofra danos irreversíveis. “O tempo é essencial para o tratamento do AVC. Quanto mais rápido o paciente chega ao hospital, mais chances temos de evitar sequelas graves”, afirma.

Já o hemorrágico está presente nos demais 15% dos casos, quando há rompimento de um vaso cerebral, provocando hemorragia dentro do tecido cerebral ou na superfície entre o cérebro e a meninge. Nessa situação, João Ferreira explica que a cirurgia consiste em aspirar o coágulo e aliviar a pressão intracraniana, evitando que o tecido cerebral saudável seja danificado. “A cirurgia de descompressão pode salvar vidas ao prevenir que o cérebro inchado pressione o tecido normal”, afirma Ferreira.

Consequências do AVC

Após a cirurgia, Cintha passou a lidar com sequelas físicas, como a dormência e peso no braço esquerdo. Ela revela como o tratamento fisioterápico foi essencial para recobrar a mobilidade das mãos e o equilíbrio ao caminhar, no entanto, algumas limitações permanecem. “Não consigo segurar um brinco ou sentir o toque com precisão no lado esquerdo”, explica. Hoje, Cintha adota uma rotina de exercícios e alimentação saudável, além de evitar o consumo de álcool. “O AVC me fez perceber a importância de cuidar do meu corpo todos os dias”, relata.

Para os meses de outubro, novembro e dezembro deste ano, o Hospital Universitário Onofre Lopes conta com um agendamento de 171 pacientes, sendo 36 inseridos na faixa etária entre 10 e 48 anos, ou seja, 21% são considerados jovens. Cintha é uma das pacientes atendidas a cada seis meses no Huol-UFRN/Ebserh para acompanhamento no tratamento e recebe todo o suporte da equipe médica.

Casos como o de Cintha Pereira lembram que o AVC é uma realidade para pessoas de todas as idades. Um estilo de vida saudável e um acompanhamento médico constante, principalmente em pacientes com fatores de risco, são elementos centrais na prevenção da doença. Em tempos em que a pressa e o estresse se tornam comuns, o relato serve como um lembrete: é preciso agir antes que seja tarde.


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Câncer no pâncreas: entenda uma das doenças mais agressivas que existem

Com altíssima letalidade, o câncer do pâncreas tem acometido cada vez mais pessoas e pessoas mais jovens, inclusive, a literatura médica indica que até 2030 será a segunda causa de morte por câncer no mundo. Enquanto outros tumores têm mais avanços em tratamentos, o de pâncreas está um pouco aquém, mas há avanços também

O pâncreas fica atrás do estômago, entre o baço e o duodeno, na região do abdômen, sendo responsável pela produção de enzimas que ajudam na digestão dos alimentos e de insulina, regulando os níveis de açúcar no sangue. O câncer de pâncreas é um tipo de tumor maligno que normalmente não leva ao aparecimento de sinais e sintomas nos estágios iniciais. Apresenta alta taxa de mortalidade em razão do diagnóstico tardio.

O médico gastroenterologista do Hospital Universitário Onofre Lopes (HUOL), Fernando Lisboa Junior, explica que a agressividade dessa patologia deve-se ao seu comportamento biológico e ao diagnóstico tardio. “Para se ter uma ideia, cerca de 50% dos tumores já têm metástases no momento do diagnóstico. Ainda não existem protocolos de detecção precoce do câncer de pâncreas”, ressalta.

Ele explica que fatores genéticos e fatores relacionados a hábitos de vida influenciam no surgimento da doença. “E dentre os fatores relacionados a hábitos de vida, o mais importante é o tabaco. Também estão relacionados o excesso de consumo de álcool, obesidade, sedentarismo, dieta rica em gorduras e alimentos processados”, aponta o médico.

No Brasil, segundo o Ministério da Saúde, sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de pâncreas ocupa a 14ª posição entre os tipos de câncer mais frequentes. É responsável por cerca de 1% de todos os tipos de câncer diagnosticados e por 5% do total de mortes causadas pela doença, cujo risco aumenta com o avanço da idade e era raro antes dos 30 anos, tornando-se mais comum a partir dos 60.

Contudo, o Fernando Lisboa conta que nos últimos anos, tem sido mais detectado em jovens. “Devido aos fatores de risco relacionados ao estilo de vida e que são cada vez mais comuns entre os jovens. Além disso, os exames de imagem melhoraram e tem sido realizados com mais frequência, consequentemente, fazem-semais diagnósticos. A incidência entre homens e mulheres é praticamente igual”, explica.

Os sinais de alerta se dão através dos sintomas mais comuns como dor no andar superior do abdome, falta de apetite, perda de peso, fadiga, icterícia (amarelo na pele e nos olhos) e colúria (urina escura, cor de “coca-cola”). “Infelizmente, na maior parte das vezes, aparecem numa fase avançada da doença. Uma forma de prevenir é minimizar ou eliminar os fatores de risco, como o consumo excessivo de álcool, alimentos processados, evitar a obesidade e o fumo, ter uma alimentação saudável e praticar atividades físicas”, sugere o gastroenterologista.

Ele explica ainda que existem alguns tipos de cistos no pâncreas que podem sofrer transformação maligna. Os mais freqüentes são os IPMNs. “Quando desenvolvem determinadas características, esses cistos devem ser operados para serem retirados, evitando assim que o paciente tenha câncer no futuro”, diz ele. “Também pode se recomendar o aconselhamento genético para pessoas que tiveram parentes de primeiro grau com câncer de pâncreas”, conclui o médico.

A Pancreatectomia, que é a retirada de parte do pâncreas, é a única forma de tratamento que tem potencial de cura, mas apenas 15 a 20% dos pacientes com esse tipo de câncer são candidatos à cirurgia, no momento do diagnóstico. Nos outros 80%, a doença já se apresenta em estágio avançado, o que impossibilita a retirada cirúrgica da lesão. A quimioterapia também faz parte da terapêutica e pode ser feita antes e após a cirurgia.

“A chance de cura depende do estágio em que o paciente é diagnosticado e operado. Quanto mais precoce for a doença no momento da cirurgia maior chance de cura o paciente vai ter. Portanto, é importante que o diagnóstico seja precoce e que o paciente seja encaminhado rapidamente para o tratamento adequado”, acrescenta o gastroenterologista Fernando Lisboa Junior.

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Dia de Finados: veja programação nos cemitérios de Natal e Região Metropolitana

Os cemitérios públicos e particulares de Natal e Região Metropolitana anunciaram uma programação religiosa especial no Dia de Finados, que é comemorado no próximo sábado (2). Em Natal, os oito cemitérios públicos da capital terão missas, cultos evangélicos e atividades espíritas.

Segundo a Secretaria Municipal de Serviços Urbanos (Semsur), a estimativa é de que cerca de 100 mil pessoas visitem túmulos nos oito cemitérios públicos da cidade na data, sendo 50 mil apenas no Alecrim.

Os cemitérios públicos abrem no sábado das 7h às 17h, sem interrupção. A administração, por sua vez, só funciona na data para sepultamentos – no mesmo horário.

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PL supera PT em coligações de novos prefeitos e terá maior presença nas cidades


Os resultados da eleição municipal mostram que há uma nova leva de prefeitos ancorados em alianças com partidos de centro e que as chapas com o PL têm predomínio em relação àquelas que incluem o PT.

Levantamento da Folha aponta que 2.896 dos novos prefeitos —pouco mais da metade do total— foram eleitos sem alianças formais com os dois partidos.

O PL elegeu 516 prefeitos e 513 vices e integrou 1.562 chapas vencedoras nas disputas municipais. Já o PT elegeu 252 prefeitos e 288 vices e fez parte de 1.113 coligações que se sagraram vencedoras nas urnas.

Entre as 103 cidades com mais de 200 mil eleitores, prioridades dos partidos, a prevalência do PL sobre o PT é ainda maior. Enquanto o partido de Bolsonaro fez parte de 40 chapas vencedoras, o PT estava na coligação de apenas 12 prefeitos que se sagraram vencedores.

A participação nas coligações municipais é particularmente relevante para PT e PL, que polarizaram as eleições presidenciais há dois anos e têm planos nacionais mais claros para o pleito de 2026.

Com prioridade no projeto nacional, o PT abriu mão candidaturas próprias em parte das grandes cidades para formar uma base de apoio para uma eventual candidatura à reeleição do presidente Lula.

Entre as 103 cidades com mais de 200 mil eleitores, prioridades dos partidos, a prevalência do PL sobre o PT é ainda maior. Enquanto o partido de Bolsonaro fez parte de 40 chapas vencedoras, o PT estava na coligação de apenas 12 prefeitos que se sagraram vencedores.

A participação nas coligações municipais é particularmente relevante para PT e PL, que polarizaram as eleições presidenciais há dois anos e têm planos nacionais mais claros para o pleito de 2026.

Com prioridade no projeto nacional, o PT abriu mão candidaturas próprias em parte das grandes cidades para formar uma base de apoio para uma eventual candidatura à reeleição do presidente Lula.

O partido lançou candidatos em 13 capitais, mas venceu apenas em Fortaleza. Não terá vices, mas, além do apoio a Paes, fez parte da coligação do prefeito reeleito João Campos (PSB), no Recife. No segundo turno, apoiou informalmente os eleitos em Belo Horizonte, Belém, João Pessoa e Palmas.

Conforme apontado pela Folha, aliados de Lula e integrantes do governo federal apostam que a atual gestão deverá fazer um movimento em direção ao centro, seguindo o apelo de líderes que integram a base governista.

A leitura é que o pleito municipal deixou claro que o país buscou fugir da polarização entre direita e esquerda e acabou fortalecendo partidos como PSD, MDB e União Brasil.

O PL tinha como objetivo inicial obter 1.000 prefeituras em todo o país, mas conquistou pouco mais da metade.

Dentre as capitais, o PL venceu em Maceió, Cuiabá, Aracaju e Rio Branco, terá o vice em São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, Florianópolis e Porto Velho e fez parte da coligação em Salvador e Natal.

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Lula apoia Kamala para fortalecer imagem internacional de apoio à democracia


O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) declarou apoio à candidata democrata Kamala Harris para a presidência dos Estados Unidos, em uma jogada que especialistas consideram como uma estratégia para fortalecer sua imagem internacional de defensor da democracia.

Implicações para as relações bilaterais

Apesar dos possíveis benefícios, a declaração de Lula não está isenta de riscos. A imprevisibilidade das eleições americanas e a possibilidade de vitória de um candidato republicano poderiam criar tensões nas relações bilaterais futuras.

A decisão de Lula provavelmente se baseia em um cálculo cuidadoso, visando manter a coerência com os valores defendidos pelos democratas e fortalecer a posição do Brasil no cenário internacional.

A declaração surge em um momento de intenso debate político nos Estados Unidos, com as eleições presidenciais se aproximando.

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Entre 27 moedas, real foi a segunda que mais perdeu valor em 2024

Em um total de 27 moedas, o real foi a segunda que mais se desvalorizou em relação ao dólar, no período entre janeiro e 31 de outubro de 2024. Nesse ranking, o dinheiro brasileiro registrou baixa de 16,21% e só não perdeu para o peso argentino, que recuou 18,40%, de acordo com dados levantados pela consultoria Elos Ayta para o Metrópoles.

Considerado apenas o mês de outubro, o real também ocupa a segunda posição entre as moedas que mais se desvalorizaram. Nesse caso, porém, o primeiro lugar é ocupado pelo peso chileno.

A desvalorização, contudo, foi geral. Somente três moedas ficaram mais fortes do que a americana em 2024. A seleta lista inclui o dólar de Hong Kong, a libra esterlina (Reino Unido) e o rand sul-africano.

Nesta sexta-feira (1º/11), a moeda americana mantém a tendência de alta em relação ao real. Por volta das 13h, ele alcançou o patamar de R$ 5,82, em uma aceleração de 0,77%; pouco antes, havia chegado à marca de R$ 5,83. Na véspera, último dia de outubro, a moeda americana fechou em R$ 5,78.

Analistas avaliam que diversos fatores ampliam as incertezas da economia, tanto no cenário global como no local. Nesta semana, as questões mais relevantes nos âmbitos internacional e doméstico, respectivamente, são as eleições americanas e a percepção de risco fiscal.

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Sem a presença de Neymar, Dorival convoca seleção para Eliminatórias

O técnico Dorival Júnior anunciou, na tarde desta sexta-feira (1) na sede da CBF, no Rio de Janeiro, a relação de jogadores convocados para defenderem a seleção brasileira nas partidas contra a Venezuela e o Uruguai pelas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026. E um dos destaques da lista foi a ausência do atacante Neymar, que defende o Al-Hilal (Arábia Saudita).

“Todos estamos muito atentos com a evolução [de Neymar]. Ele já está praticamente recuperado [da cirurgia no joelho esquerdo], mas teve poucos minutos [em campo pelo Al-Hilal], o que pesou bastante. Ele se dispôs a estar aqui. Gostaria muito de ser relacionado, mas ele também entendeu a situação, a condição em que se apresenta, a pouca minutagem em campo e as próprias cobranças que todos faríamos com ele no banco ou dentro de campo”, declarou o comandante do Brasil.

Entre os lembrados estão três jogadores que têm se destacado no futebol brasileiro, Estêvão, do Palmeiras, e Igor Jesus e Luiz Henrique, ambos do Botafogo. Quem acabou ausente foi o jovem Endrick, do Real Madrid (Espanha).

Outro tema de destaque da coletiva foi a crítica do treinador ao resultado da Bola de Ouro, o prêmio concedido pela revista francesa France Football, que teve o espanhol Rodri, do Manchester United (Inglaterra), como campeão, e o brasileiro Vinicius Júnior, do Real Madrid (Espanha), como segundo colocado. Segundo Dorival Júnior, foi cometida uma injustiça.

“Na minha opinião, é uma situação injusta. É uma premiação individual. Se teve um atleta decisivo, agudo, letal, que o talento foi mostrado para o mundo todo, acredito que tenha sido ele [Vini Júnior], na temporada. Nada contra quem ganhou o prêmio, [o Rodri] é um grande atleta do futebol mundial e espanhol, se destacou muito. Mas o Vinicius, pelo trabalho que fez, merecia um reconhecimento diferente”, afirmou o comandante do Brasil.

Próximos jogos
Os 23 jogadores convocados representarão a seleção canarinho no dia 14 de novembro, quando o Brasil mede forças com a Venezuela no estádio Monumental de Maturin, e no dia 19, em confronto com o Uruguai na Arena Fonte Nova, em Salvador.

Relação de convocados:
Goleiros: Bento – Al-Nassr, Ederson – Manchester City e Weverton – Palmeiras.
Laterais: Danilo – Juventus, Vanderson- Monaco, Guilherme Arana – Atlético-MG e Abner – Lyon.
Zagueiros: Éder Militão – Real Madrid, Gabriel Magalhães – Arsenal, Marquinhos – PSG e Murilo – Nottingham Forest.
Meio-campistas: André – Wolverhampton, Andreas Pereira – Fulham, Bruno Guimarães – Newcastle, Gerson – Flamengo , Lucas Paquetá – West Ham, Rodrygo – Real Madrid.
Atacantes: Estevão – Palmeiras, Raphinha – Barcelona, Luiz Henrique – Botafogo, Igor Jesus – Botafogo, Savinho – Manchester City e Vinicius Júnior – Real Madrid.

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Dólar fecha a R$ 5,86, no segundo maior valor nominal da história

O dólar voltou a fechar em alta nesta sexta-feira (1°), desta vez no segundo maior valor nominal da história (descontada a inflação): R$ 5,8698. No dia 13 de maio de 2020, a moeda americana chegou aos R$ 5,9007, seu recorde.

Em meio às turbulências econômicas no Brasil e no mundo, o dólar acumula alta de 20% em 2024. O Ibovespa, principal índice da bolsa de valores, fechou em queda.

Nesta semana, investidores esperavam definição do governo federal sobre o corte de gastos previsto para este fim de ano, o que não aconteceu. A equipe econômica busca cumprir a meta de déficit zero para as contas públicas em 2024.

O mercado financeiro espera que esse pacote indique cortes entre R$ 50 bilhões e R$ 60 bilhões nos gastos públicos.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, disse nesta semana entender a “inquietação” do mercado, e que vai apresentar cortes. Mas disse também que não há data para a divulgação dos planos, e que a decisão depende do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

No exterior, o clima também é ruim com a aproximação das eleições americanas e novos dados de atividade econômica reascendendo as dúvidas sobre a condução das taxas de juros nos próximos meses.

O embate eleitoral nos EUA acontece na próxima terça-feira (5), entre a democrata Kamala Harris e o republicano Donald Trump. Para o mercado, o ex-presidente tem mais chances de vitória, e ameaça trazer uma agenda de aumento de protecionismo para um novo mandato.

Além disso, investidores reagem aos novos dados do mercado de trabalho dos Estados Unidos, que gerou um número de vagas bem menor que o esperado em outubro. O relatório de empregos “payroll”, o mais importante do país, indicou a criação de apenas 12 mil vagas de trabalho no último mês, contra uma expectativa de 106 mil e muito abaixo das 223 mil criadas em setembro.

Um mercado de trabalho mais fraco pode ajudar o Federal Reserve (Fed, o banco central americano) a reduzir mais as suas taxas de juros, hoje entre 4,75% e 5% ao ano. No entanto, o mercado desconfia que o resultado seja tão ruim que possa indicar uma desaceleração muito intensa da economia americana.

Dólar

O dólar fechou em alta de 1,53%, cotado a R$ 5,8698. Na máxima do dia, chegou a R$ 5,8748.

Com o resultado, acumulou:

  • alta de 2,90% na semana;
  • avanço de 1,53% no mês;
  • ganho de 20,96% no ano.

No dia anterior, a moeda avançou 0,31%, cotada a R$ 5,7813.

 

Ibovespa

O Ibovespa fechou em queda de 1,23%, aos 128.121 pontos.

Com o resultado, acumulou:

  • queda de 1,36% na semana;
  • perdas de 1,23% no mês;
  • recuo de 4,52% no ano.

Na véspera, o índice encerrou em baixa de 0,71%, aos 129.713 pontos.

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