Choveu mais de 100 milímetros em 24 horas na região Metropolitana


A semana começou com chuvas no Rio Grande do Norte, com maior concentração em municípios do Leste Potiguar, especialmente os da região Metropolitana. Na zona Sul de Natal as chuvas chegaram a 121.2 milímetros (mm) entre as 18h da segunda-feira (3) e as 18h de ontem, segundo registrou a Empresa de Pesquisa Agropecuária do Rio Grande do Norte (Emparn). Somente na madrugada, o acúmulo na capital foi de 64 mm. Mesmo sem registro de vítimas, as precipitações deixaram os comitês de monitoramento da Prefeitura e do Governo do Estado em alerta. A previsão é de que as chuvas diminuam desta quarta-feira até a sexta, mas retornem no próximo fim de semana.

“A chuva deverá diminuir a partir dessa quarta até sexta e no final de semana retorna à faixa litorânea. Podem ocorrer pancadas de chuva no interior que registra período de estiagem”, informou o meteorologista da Emparn Gilmar Bristot.

Ele explica que no mês de junho a média de chuvas é superior a 350 mm, dependendo das condições do oceano atlântico. “Como a temperatura está mais quente do que o normal, a tendência é que esse ano tenhamos chuvas acima do normal também, igualmente para os meses de julho e agosto”, destacou.

As condições dos ventos também estão favoráveis a este cenário trazendo mais umidade e instabilidade para o litoral. Entre as 18h da segunda e as 18h de ontem, cidades como Vila Flor, Tibau do Sul, Bahia Formosa, Parnamirim e São Gonçalo do Amarante também tiveram áreas com índices acima de 100 mm. A Defesa Civil estadual identificou pontos de alagamentos nestas cidades e também em Canguaretama, Nísia Floresta, Ceará Mirim, além de movimento de massa (deslizamento) em Senador Georgino Avelino.

Na capital, até as 11h45min desta terça-feira, havia 50 famílias desalojadas, afetadas pelo transbordamento da Lagoa Azul (Lagoa José Sarney). Outras 10 pessoas desalojadas no conjunto Santarém e uma no bairro Panatis, todas na zona Norte, de acordo com a Coordenadoria Municipal a Defesa Civil do Estado.

Desde as primeiras horas do dia, a Defesa Civil do município monitorou para adotar providências que mitigasse os estragos das chuvas. De acordo com a diretora do órgão, Hallana Souza, três equipes estavam a postos circulando pelas áreas atingidas. Segundo ela, os problemas mais sérios foram nas lagoas de captação do conjunto Santarém e do loteamento José Sarney. Também houve registros de menor porte na lagoa do Acaraú, no bairro Potengi, e na lagoa de Neópolis. A Guarda Municipal também está com 15 viaturas prontas para dar o apoio necessário. Já a STTU detectou 21 pontos de alagamentos na cidade, sendo 10 pontos transitáveis e 11 intransitáveis.

A Defesa Civil de Natal informou que a cidade segue em alerta laranja emitido pelo INMET (Instituto Nacional de Meteorologia) e conta com equipes extras nas principais áreas de risco da cidade. Também instrui a população a procurar locais seguros para abrigo e evitar a passagem de veículos em alagamentos e deslocamentos durante o mau tempo. Em caso de sinais de risco, fissuras e rachaduras que possam colocar as residências em risco, a população deve procurar locais seguros e acionar o CIOSP (190).

Alagamentos geram transtornos em Natal

No final da Av. da Integração, carros de pequeno e médio porte ficaram impossibilitados de transitar, precisando realizar o retorno por cima de canteiros. Também estava de difícil acesso o trecho da Av. Prudente de Morais próximo ao cruzamento com a Av. Nascimento de Castro, onde veículos precisaram reduzir a velocidade para realizar a travessia com cuidado.

A STTU classificou como pontos intransitáveis os trechos na Av. Pres. Sarmento, em frente ao mercado na Av. 4, no Alecrim; na Av. Solange Nunes, próximo ao posto de combustível de Nova Cidade; na Av. da Integração, próximo a BR-101; e na Av. Interventor Mário Câmara (Av. 6), próximo a Av. Jerônimo Câmara.

A Lagoa de Captação de São Conrado, no bairro Nossa Sra. de Nazaré, as águas se acumularam próximo ao cruzamento da Av. Interventor Mário Câmara (Av. 6) com Av. Lima e Silva, mas escoaram rapidamente sem causar maiores transtornos à população, graças ao funcionamento das bombas. “Toda vez que chove nós que estamos perto ficamos na tensão de que a água possa subir novamente. Logo quando comecei a trabalhar aqui eu lembro que vieram limpar, mas não permaneceram nem por um turno, logo foram embora. Nunca mais voltaram e isso já faz um ano”, reclamava José Gomes, que trabalha próximo a Lagoa, referindo-se à falta de manutenção do reservatório.

Na Rua Seridó, em Petrópolis, as águas se acumularam próximo ao trecho em obras da prefeitura, onde um carro atingiu um buraco escondido pelo volume de águas. Outros pontos foram escoados sem maiores transtornor, como os cruzamentos das Av. Prudente de Morais e Av. Alm. Alexandrino de Alencar, e das Av. Nevaldo Rocha e Av. Coronel Estevam.

Já na Zona Norte de Natal, duas lagoas de captação transbordaram, no Conjunto Santarém e no Loteamento José Sarney, com as águas invadindo as casas de moradores da região. O volume de água também gerou alagamento na Av. Paulistana prejudicando o fluxo.

chuvas
Entre as 18h da segunda e as 18h de ontem

Natal: 121.2 mm
Vila Flor: 113.2 mm
Tibau do Sul: 111.2 mm
Baía Formosa: 109.3 mm
Parnamirim: 107.8 mm
S. G. Amarante: 104.6 mm

Fonte: Emparn


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