Ministério da Saúde deixa vacinas faltarem em 11 estados e no DF

Onze estados e o Distrito Federal relatam falta de vacinas, mostra levantamento da coluna junto às secretarias estaduais de Saúde. São eles: Goiás, Mato Grosso, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Tocantins.

Há desabastecimento de vacinas contra a Covid-19, meningite, pneumonia, HPV, sarampo, caxumba e rubéola, entre outras.
Outros três estados (Acre, Maranhão e Rio de Janeiro) relataram o desabastecimento de imunizantes ao longo de 2024, mas indicaram que a situação hoje estaria normalizada. Bahia, Ceará e Espírito Santo negaram o desabastecimento e nove estados (Alagoas, Amapá, Amazonas, Mato Grosso do Sul, Pernambuco, Piauí, Rondônia, Roraima e Sergipe) não responderam aos questionamentos.

Além da falta de vacinas no país, a coluna revelou na semana passada que o Ministério da Saúde incinerou 10,9 milhões de vacinas em 2024, após deixar vencer o prazo de validade. A maior perda se refere a imunizantes da Covid-19, mas há também doses para febre amarela, tétano, gripe e outras doenças. A quantidade de imunizantes desperdiçados deve ser maior ainda, uma vez que o estoque do Ministério da Saúde armazena outras 12 milhões de doses que já venceram, mas ainda não foram incineradas.

Na ocasião, o Ministério da Saúde assegurou, em nota, que “não há falta de vacinas no país”. No entanto, o levantamento feito pela coluna revela o contrário. Procurado para comentar os dados de desabastecimento, a pasta não respondeu.

Quais vacinas estão em falta nos estados
Onze das 12 unidades federativas que confirmaram o desabastecimento de vacinas não têm o imunizante contra a varicela, doença mais conhecida como catapora. A única exceção é São Paulo. O Distrito Federal foi o único a informar que a substitui pela vacina tetraviral – imunizante em falta no estado paulista e que também previne o sarampo, a caxumba e a rubéola.

O Paraná não tem imunizantes contra a Covid-19 para crianças. Segundo o Ministério da Saúde, a doença já matou 5,1 mil pessoas no Brasil em 2024.

Seis estados e o Distrito Federal não dispõem da vacina contra febre amarela.

A capital federal, o Pará e o Tocantins também não contam com o imunizante contra HPV – que evita o câncer de colo de útero, de vulva, de vagina, de pênis, de orofaringe e do canal anal, além de verrugas genitais. Ambos não podem ser substituídos no Sistema Único de Saúde (SUS).

Cinco estados mais o DF não possuem a vacina tríplice bacteriana (DTP), que protege contra difteria, tétano e coqueluche. A capital federal e Goiás informaram trocá-la pela pentavalente, que inclui prevenção contra hepatite B e Haemophilus influenzae tipo b (Hib), bactéria causadora de pneumonia, de meningite, de otite e de epiglotite.

Faltam, ainda, a tríplice viral (contra sarampo, caxumba e rubéola) no DF e a dTpa acelular — também contra difteria, tétano e coqueluche, mas usada em grupos específicos nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (Crie) — em Mato Grosso, na Paraíba, em Santa Catarina e em Tocantins.

Pará repassou as informações do último Informe de Distribuição de Imunobiológicos do Ministério da Saúde, que relata falta das vacinas contra varicela, febre amarela e HPV por “problemas com o fornecedor”.

Nenhuma unidade federativa informou previsão de data de reposição para o local.

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Santos desafia o Coritiba fora de casa para confirmar o acesso na Série B

O Santos pode confirmar o seu retorno à elite do futebol nacional nesta segunda-feira, às 21h, diante do Coritiba, no Estádio Couto Pereira, pela 36ª rodada da Série B do Campeonato Brasileiro. O time alvinegro garante uma vaga entre os quatro primeiros colocados em caso de vitória.

Com 65 pontos, o Santos lidera a competição com uma margem folgada para o Ceará, quinto colocado, com 57. O título, no entanto, só pode ocorrer na próxima rodada, contra o CRB, no que pode vir a ser o último jogo da Vila Belmiro, já que o clube negocia a construção de uma nova arena.

Contra o Santos, o Coritiba só cumprirá tabela, já que não tem mais chances de acesso e também não corre mais risco de rebaixamento. O clube paranaense pode, inclusive, poupar alguns jogadores e testar outros já pensando na temporada de 2025.

O retrospecto do Santos é muito favorável diante do Coritiba. Em 52 jogos, o time paulista venceu 30, empatou nove e perdeu apenas 13. Na capital paranaense, foi derrotado só uma vez nos últimos cinco confrontos.

Em busca da quarta vitória consecutiva e com o intuito de voltar para a Baixada Santista com o acesso, o Santos não deve contar com o zagueiro Jair, com uma inflamação no músculo direito do quadril. O defensor está negociando com a Atalanta, da Itália.

Titular nos últimos compromissos do Santos, o meia Serginho sofreu uma lesão no reto femoral da coxa direita e vai permanecer na Baixada para continuar o tratamento. Com isso, Sandry deve compor o meio de campo. Já a zaga terá João Basso e Gil.

O meio de campo do Santos ainda tem mais um desfalque. Diego Pituca está suspenso e será substituído por João Schmidt. Já o volante Tomás Rincón e o atacante Miguelito estarão com suas respectivas seleções para os jogos das Eliminatórias para a Copa do Mundo.

"Poderíamos ter sido melhores. Mas já vimos times caindo e tendo dificuldades. O Cruzeiro ficou três anos, o Vasco teve que ir para um jogo decisivo lá em Itu, na última rodada, para subir. Chegamos a uma final do Paulista, um sentimento que o torcedor não tinha há algum tempo. Feliz demais, graças a Deus é mais um trabalho entregue nesse meu oitavo ano como técnico profissional. Feliz e orgulhoso desse pessoal que trabalha comigo. Vamos coroar com acesso", disse Carille.

Do lado do Coritiba, o técnico Jorginho, que não tem permanência definida para 2025, não terá o volante Vini Paulista, suspenso. A tendência é que o treinador dê oportunidades aos jogadores formados no clube. Com isso, Geovane Meurer poderá ser escolhido para iniciar a partida.

Assim como o Santos, o Coritiba também terá um desfalque por causa da Data Fifa. Sebastián Gómez foi convocado pela Colômbia e abrirá um espaço no meio de campo, que será formado por Zé Gabriel, Josué e Geovane Meurer.

"Estávamos com uma pontuação defasada e sob o meu comando tivemos derrotas fatais para chegar nesse momento sem a pontuação necessária para entrar no G-4. O Coritiba merece muito mais do que demonstramos nos últimos jogos. O que nos resta é honrar essa camisa", afirmou Jorginho.

FICHA TÉCNICA

CORITIBA X SANTOS

CORITIBA - Pedro Morisco; Natanael, Benevenuto, Bruno Melo e Jamerson; Zé Gabriel, Geovane Meurer (Matheus Bianqui) e Josué; Matheus Frizzo, Lucas Ronier e Júnior Brumado. Técnico: Jorginho.

SANTOS - Gabriel Brazão; Hayner, João Basso, Gil e Escobar; João Schmidt, Sandry e Giuliano; Otero, Guilherme e Wendel Silva. Técnico: Fábio Carille.

ÁRBITRO - Gustavo Ervino Bauermann (SC).

HORÁRIO - 21h.

LOCAL - Estádio Couto Pereira, em Curitiba (PR).

Leia Também: Messi marca, foge com a bola e gera confusão na eliminação do Inter Miami

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Messi marca, foge com a bola e gera confusão na eliminação do Inter Miami

O Inter Miami não conseguiu evitar a eliminação nos playoffs da MLS, na madrugada deste domingo, ao sofrer uma nova derrota para o Atlanta United por 3 a 2, equipe que conta com Pedro Amador e Xande Silva. O jogo teve um momento de destaque com a participação especial de Lionel Messi.

O astro argentino marcou o gol de empate (que, na ocasião, igualava o placar em 2 a 2) aos 65 minutos. Logo após o gol, Messi pegou a bola e saiu em disparada, mas se envolveu em um lance de choque com o goleiro Brad Guzan. Em seguida, Leonardo Campana empurrou o goleiro, e a situação gerou uma grande confusão na área.

Veja o vídeo.

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Líder e mais um integrante de organizada do Rosario Central são mortos a tiros na Argentina

O líder da barra brava do Rosario Central, Andrés "Pillín" Bracamonte, foi morto a tiros na noite deste sábado, em Santa Fe, na Argentina. A ação aconteceu próximo do estádio Gigante de Arroyito, casa do clube, onde pouco antes o time havia perdido por 1 a 0 para o San Lorenzo pelo Campeonato Argentino.

Outro integrante da barra brava chamado Daniel Atardo, considerado braço direito de Pillín, também morreu em decorrência dos disparos. Ambos foram levados ao Hospital Provincial del Centenario, mas não resistiram.

Segundo publicou o portal argentino Infobae, os dois estavam em uma caminhonete Chevrolet S10 quando foram atacados. Testemunhas disseram ter ouvido entre sete e dez disparos. No momento do crime, havia pessoas ainda deixando o estádio e outras frequentavam um tradicional bar próximo dali. O promotor Alejandro Ferlazzo analisou a cena do crime e já solicitou à divisão de homicídios da polícia local os testemunhos ouvidos e imagens das câmeras de segurança.

Esta não foi a primeira vez que Pillín foi alvo de um ataque. Em agosto, ele já havia sido baleado, também próximo do estádio do Rosario Central, após um clássico contra o Newell's Old Boys. Na época, dois sujeitos em uma moto dispararam contra ele. Um tiro o atingiu de raspão nas costas, e outro feriu sua namorada.

O líder da barra brava também era julgado de violência de gênero. O Ministério Público da Argentina pediu prisão de dois anos para Pillín sob argumento de que ele agrediu a ex-namorada. As denúncias de ameaças foram feitas em 2018.

A polícia local investiga a barra brava do Rosario. Segundo o Infobae, uma organização criminosa responsável por venda de drogas na região Noroeste da cidade tenta cooptar torcidas organizadas. Suspeitas iniciais apontam que o assassinato de Pillín seria uma forma de tomar a organização da torcida.

Investigações também apontam que isso tem relação com outro assassinato, que aconteceu em 1º de outubro, quando Samuel Medina, também integrante da barra, foi morto com 16 tiros. Ele era genro de Ariel Máximo, considerado um líder da facção "Los Monos".

Uma reação a esse homicídio aconteceu no jogo entre Rosario Central e Banfield. Após o time abrir o placar, a barra brava estourou rojões e estendeu uma bandeira em homenagem a Medina. Na partida seguinte em casa, contra o Barracas, uma pessoa supostamente relacionada a facção Los Monos foi agredida no setor ocupado pela barra. O Rosario Central ainda não se pronunciou sobre a morte dos integrantes de sua torcida. Pillín foi uma das lideranças da barra brava por 25 anos.

A cidade de Rosario vive uma guerra do narcotráfico entre facções. Em março desde ano, o município de 1,3 milhões de habitantes chegou a paralisar atividades após uma série de homicídios. A onda de violência foi provocada por operações de revistas surpresas em cadeias da região.

A cidade é berço de Messi e Di María. O primeiro passou pela base do Newell’s antes de mudar-se para Barcelona, enquanto o segundo chegou a jogar profissionalmente no Rosario Central.

Quando houve a possibilidade de Di María ser repatriado, no começo de 2024, familiares do jogador sofreram ameaças. "Eu tinha tudo pronto para voltar, mas as ameaças ultrapassaram todos os limites. Deixaram uma caixa com uma cabeça de porco e uma bala na testa, junto com uma nota dizendo que, se eu voltasse, a próxima cabeça seria da minha filha Pía", disse o atacante ao diário Olé, na época.

Conforme a polícia, a ação é uma reação de facções, que acreditam que operações contra elas poderiam aumentar em um cenário que estrelas como Di Maria estivessem na cidade. Messi também chegou a receber ameaças.

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Inter Miami, de Messi, é eliminado pelo Atlanta United na primeira rodada do mata-mata da MLS

Depois de bater o recorde de pontos na história da Major League Soccer (MLS) e garantir vaga no Mundial de Clubes de 2025, o Inter Miami, sob comando de Lionel Messi, foi surpreendido e eliminado na primeira rodada do mata-mata pelo Atlanta United diante de sua torcida.

Na noite deste sábado, o time de Atlanta venceu por 3 a 2 o terceiro e decisivo jogo da série contra o favorito Inter Miami. O confronto, válido pelas quartas de final da Conferência Leste da MLS, começou com uma vitória por 2 a 1 do Inter Miami, em casa. O placar se repetiu, mas desta vez favorável para o Atlanta United, na segunda partida. E o desfecho foi a zebra neste sábado.

O Atlanta United terminou a temporada regular apenas na nona posição e precisou disputar um confronto prévio para garantir vaga nos playoffs.

O Inter Miami abriu o placar aos 16 minutos do primeiro tempo, com Diego Gómez, mas levou a virada em apenas 5 minutos. Jamal Thiaré marcou duas vezes, aos 19 e aos 21. Messi empatou a partida, de cabeça, aos 20 minutos do segundo tempo, mas Bartosz Slisz marcou aos 31 minutos o gol da vitória e da classificação.

A comparação do investimento entre os times ajuda a dar a dimensão da façanha do Atlanta. Apenas o salário de Messi é cerca de US$ 5 milhões superior a toda a folha do time do United. Além disso, o time da Flórida conta com outras estrelas, como o atacante uruguaio Suárez.

"Obviamente o Miami tem um time muito bom com jogadores extremamente talentosos e o melhor do mundo. Não temos isso", afirmou o goleiro Brad Guzan, do Atlanta. "Compensamos isso trabalhando um pelo outro. Quando você faz coisas assim, é capaz de se dar uma chance."

Na semifinal da Conferência Leste da MLS, o Atlanta United enfrenta o Orlando City.

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Flamengo vence o Atlético-MG e conquista o título da Copa do Brasil pela 5ª vez


Flamengo campeão da Copa do Brasil 2024! A equipe rubro-negra aproveitou a vantagem obtida no primeiro duelo, marcou um golaço neste domingo (10) e bateu o Atlético-MG por 1 a 0 dentro da Arena MRV, conquistando o título nacional.

No primeiro duelo, no último domingo (3) no Maracanã, o Flamengo havia vencido a equipe mineira por 3 a 1. Na finalíssima desta tarde, o equatoriano Gonzalo Plata foi o autor do único gol do duelo, aos 37 da segunda etapa.

Com a conquista em Minas Gerais, o Flamengo empata com o Grêmio com cinco títulos na história da Copa do Brasil. O Rubro-negro saiu vencedor em 1990, 2006, 2013, 2022 e 2024.

O título nacional também garante ao Flamengo uma vaga direta para a fase de grupos da Libertadores 2025.

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STF vai julgar recurso que questiona uso de símbolos religiosos em órgãos públicos

O Supremo Tribunal Federal deve começar a julgar, na próxima sexta-feira (15), o recurso que questiona a presença de símbolos religiosos em órgãos públicos, visíveis aos cidadãos em geral.

O tema tem a chamada repercussão geral, ou seja, uma decisão sobre o caso será aplicada em processos semelhantes em instâncias inferiores da Justiça.

A questão envolve direitos e princípios descritos na Constituição.

Entre eles, o direito à liberdade religiosa e o princípio do Estado laico – a posição de neutralidade do poder público diante das diferentes concepções religiosas.

O caso

A disputa jurídica começou com uma ação do Ministério Público Federal contra a exposição de símbolos religiosos (crucifixos, imagens) em prédios governamentais, destinados ao atendimento do público. O caso envolvia repartições da União no estado de São Paulo.

Na primeira instância, a Justiça Federal rejeitou o pedido

Sustentou que a laicidade do Estado não impede a convivência com o símbolos religiosos, mesmo que em locais públicos, porque eles refletem a história nacional ou regional.

O Tribunal Regional Federal da 3a Região, a segunda instância, também negou o pedido – sob o argumento de que a presença dos objetos não fere a previsão de Estado Laico.

O caso, então, chegou ao Supremo

Em 2020, a Corte reconheceu a repercussão geral do tema. Relator à época, o ministro Ricardo Lewandowski (aposentado) concluiu que o tema tem relevância e vai além do caso concreto.

“Com efeito, a causa extrapola os interesses das partes envolvidas, haja vista que a questão central dos autos (permanência de símbolos religiosos em órgãos públicos federais e laicidade do Estado) alcança todos os órgãos e entidades da Administração Pública da União, Estados e Municípios”, afirmou.

“Presente, ainda, a relevância da causa do ponto de vista jurídico, uma vez que seu deslinde permitirá definir a exata extensão dos dispositivos constitucionais tidos por violados. Do mesmo modo, há evidente repercussão geral do tema sob a ótica social, considerados os aspectos religiosos e socioculturais envoltos no debate”, concluiu.

O relator atual do caso é o ministro Cristiano Zanin.

Plenário virtual

O tema será analisado no plenário virtual, formato de julgamentos em que os ministros apresentam seus votos em uma página eletrônica do tribunal.

A deliberação ocorrerá entre os dias 15 e 26 deste mês, mas pode ser interrompida se houver pedido de vista (mais tempo de análise) ou de destaque (leva o caso para plenário físico).

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Ao menos 16 redes estaduais já proíbem celular em escolas mesmo antes de lei federal

A proibição aos celulares em sala de aula, tema de projeto de lei que tramita na Câmara e apoiado pelo governo Lula (PT), já é estabelecido por ao menos 16 redes estaduais. Nas capitais, pelo menos 14 redes municipais também têm algum tipo de restrição.

As redes municipais são responsáveis pelas matrículas até o ensino fundamental. Já os estados têm, prioritariamente, alunos do fundamental e também do ensino médio.

A reportagem da Folha de S. Paulo questionou todas as redes estaduais e, entre as 19 que responderam, 7 informaram já ter leis ou portarias específicas sobre a restrição: Goiás, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Maranhão, Ceará, Espírito Santo e Pará.

Outros 9 recomendam a proibição, mesmo sem uma legislação específica. São eles: Amapá, Amazonas, Distrito Federal, Mato Grosso, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, São Paulo, Tocantins.

Apenas Acre, Bahia e Piauí informaram não vetarem o uso dos celulares formalmente. Os outros estados não responderam.

Entre as redes de ensino das capitais, ao menos 14 impõem alguma proibição do uso durante as aulas. De acordo com respostas enviadas à reportagem, estão nesse grupo: São Paulo (SP), Rio de Janeiro (RJ), Belo Horizonte (MG), Campo Grande (MS), Recife (PE), Manaus (AM), João Pessoa (PB), São Luiz (MA), Vitória (ES) e Porto Alegre (RS).

Também há restrições em Fortaleza (CE), Curitiba (PR), Aracaju (SE) e Teresina (PI), de acordo com informações obtidas por meio da Lei de Acesso à Informação pela associação Fiquem Sabendo e repassadas à Folha de S. Paulo. O restante das capitais não respondeu à reportagem nem à associação.

Apesar das proibições, que variam a cada rede (algumas vetam até no intervalo), as regras não têm grande adesão, segundo informaram alguns governos. Também há permissões de uso para atividades pedagógicas orientadas pelos professores.

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Pequenos negócios do RN geraram 20,7 mil empregos em nove meses de 2024

As micro e pequenas empresas (MPEs) do Rio Grande do Norte foram responsáveis por gerar seis em cada dez empregos formais entre janeiro e setembro de 2024, com um volume de vagas que já supera todo o ano de 2023. De acordo com o Mapa do Emprego do Sebrae-RN, até o nono mês de 2024, o Estado teve um saldo positivo de 31.488 postos, dos quais 20.732 (65,8%) foram gerados pelas MPEs.

Os números indicam que o volume de todo o ano passado, quando as micro e pequenas empresas potiguares acumularam saldo de 18.382 oportunidades formais, já foi ultrapassado em 12,78%. No País, o acumulado deste ano é de 1,2 milhão de vagas criadas pelas MPEs.

No RN, segundo os dados do Mapa do Emprego, as três maiores cidades concentram pouco mais da metade da geração de novos postos em micro e pequenas empresas em 2024, com 10.980 vagas. Natal lidera o ranking, com a criação de 5.741 empregos, seguido de Mossoró (3.195) e Parnamirim (2.044).

O superintendente do Sebrae/RN, José Ferreira de Melo Neto (Zeca Melo), avalia que os dados mostram a força dos pequenos negócios no Estado, os quais contribuem para diversificar a economia local e estimular novas oportunidades. “Os dados do Mapa do Emprego refletem a importância dos pequenos negócios para a economia potiguar”, ressalta.

Setembro: 2º melhor saldo em 10 anos

No Rio Grande do Norte, de acordo com o Mapa do Emprego, do Sebrae-RN, o saldo total de empregos por porte acumulado em 2024 até setembro é o seguinte: microempresas (18.382), pequenas (2.350), médias (1.129) e grandes empresas (9.627).

Considerando apenas setembro, as 4.981 vagas formais criadas no Estado, entre negócios de todos os portes, estão distribuídas no seguintes setores: serviços: (1.898), construção (1.021), agropecuária (793), indústria (747) e comércio (522).

Em setembro de 2024 o RN teve, inclusive, o segundo melhor desempenho (resultado de 21.384 admissões e 16.403 desligamentos) no saldo total de empregos para o mês desde o início da série histórica do Mapa, iniciada em 2014. O volume perde apenas para setembro de 2021, que registrou 6.368 novos postos de trabalho.

No Brasil, segundo levantamento do Sebrae feito a partir de dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), nos meses de janeiro e setembro deste ano o total de postos de trabalho criados pelas micro e pequenas empresas (1.231.276) também supera o volume de novas vagas de todo o ano passado (1.182.684).

De acordo com o levantamento do Sebrae, no nono mês do ano foram geradas 247 mil vagas no Brasil, com destaque para as MPEs, que foram responsáveis por 152 mil empregos formais (62%), enquanto as médias e grandes empresas contabilizaram 95 mil postos de trabalho (40%). Ainda segundo os dados do Caged, entre as MPEs, os segmentos mais fortes em setembro foram os de Serviço (com aproximadamente 68 mil vagas), seguido de Comércio (40 mil) e Indústria (21 mil).

MPEs criaram 61,8% das vagas em setembro

O mês de setembro de 2024 registrou um saldo de 4.981 novos postos de trabalho no Rio Grande do Norte, dos quais 3.079 (ou 61,8%) foram gerados pelas micro e pequenas empresas. Zeca Melo, superintendente do Sebrae-RN, avalia que há uma série de fatores para o desempenho desses negócios ao longo do ano no estado, como capacidade de adaptação, inovação e valorização do empreendedorismo e que levam à criação de postos de trabalho.

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Lula tenta nova investida para se aproximar dos evangélicos e entrega de ministério entra no radar

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva planeja convidar um representante da Frente Parlamentar Evangélica para o comando de um ministério, de preferência uma mulher. Interlocutores de Lula afirmam que a ideia é resolver duas questões que atormentam o Palácio do Planalto: aproximar o governo dos evangélicos e, de quebra, fazer um aceno ao público feminino.

Na lista dos nomes avaliados no Planalto para ocupar uma vaga no primeiro escalão estão a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) e a deputada Benedita da Silva (PT-RJ). A petista já foi ministra de Assistência e Promoção Social de 2003 a 2004, no primeiro mandato de Lula. Agora, um dos ministérios na mira dos evangélicos é o do Desenvolvimento Social, que abriga o programa Bolsa Família – vitrine do governo – e hoje está nas mãos do senador licenciado Wellington Dias (PT).

Apesar desta perspectiva, o presidente da Frente Parlamentar Evangélica, Silas Câmara (Republicanos-AM), disse não ter qualquer compromisso com o Planalto. “O que existe hoje é um diálogo normal. Mas conversar só não adianta. O governo precisa mudar suas atitudes”, afirmou ele.

Para o deputado, resoluções sobre educação infantil e nota técnica sobre aborto legal, ainda que derrubadas, indicam haver áreas do governo que trabalham “desconectadas” com o desejo manifestado por Lula de se aproximar dos evangélicos.

Câmara mencionou até mesmo a vitória de Donald Trump na disputa pela Casa Branca como um sinal de alerta para Planalto, sob o argumento de que o conservadorismo está cada vez mais forte no mundo. “Essa eleição nos Estados Unidos demonstrou, de forma clara, o que dá os políticos não respeitarem o sentimento da população”, insistiu ele, numa referência à derrota de Kamala Harris, atual vice-presidente. “O planeta está mostrando que a esquerda precisa se reciclar”.

Os ministros que têm feito reuniões frequentes com líderes evangélicos, a pedido de Lula, são o chefe da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, e o titular de Relações Institucionais, Alexandre Padilha.

“Sou terrivelmente pacificador”, disse Messias ao Estadão, em um contraponto a Bolsonaro que, em 2019, quando era presidente, disse desejar um perfil “terrivelmente evangélico” para ocupar uma vaga no Supremo Tribunal Federal (STF).

Messias foi criado em uma família batista e desde pequeno frequenta cultos. Agora, ele se tornou a principal “ponte” de contato entre os evangélicos e o Planalto, conversando com representantes de várias denominações, do deputado Cezinha de Madureira (PSD-SP) ao Bispo Rodovalho, da Sara Nossa Terra. “Tenho me esforçado para levar sempre uma mensagem de paz aos meus colegas e mostrar que nosso governo nunca se contrapôs aos valores cristãos”, observou.

O ministro da AGU contou que estava numa reunião com Lula, no mês passado, quando ele disse que teve um “livramento” por não sofrer nada mais grave ao cair no Palácio da Alvorada e bater a cabeça, no último dia 19. Na ocasião, o presidente levou cinco pontos e desmarcou uma viagem que faria à Rússia.

Embora o deputado não tenha mencionado nomes, o influencer Pablo Marçal (PRTB) preocupa o segmento porque defende a agenda de costumes sem a intermediação das igrejas. Candidato derrotado à Prefeitura de São Paulo, Marçal negocia sua filiação ao União Brasil e quer concorrer ao Planalto, em 2026. As conversas ainda estão na fase inicial, mas o governador de Goiás, Ronaldo Caiado já mandou recado à cúpula do União Brasil de que não abrirá mão de sua candidatura à sucessão de Lula se Marçal entrar no seu partido.

Não queremos barganhar nada com Lula, mas, caso haja um ministério, será importante porque os parlamentares precisam fazer políticas públicas e o bolsonarismo tomou essa pauta dos representantes da igreja

Otoni de Paula (MDB-RJ), deputado federal

Otoni afirmou, ainda, que Bolsonaro nunca prestigiou a Frente Parlamentar Evangélica nos quatro anos de seu governo. “Não queremos barganhar nada com Lula, mas, caso haja um ministério, será importante porque os parlamentares precisam fazer políticas públicas e o bolsonarismo tomou essa pauta dos representantes da igreja”, destacou. “Isso não significa compromisso com a reeleição do presidente, em 2026, mas, sim, com a governabilidade.”

A bancada evangélica reúne hoje 151 deputados e 19 senadores, a maioria deles ligada a Bolsonaro. Em 2022, Otoni chegou a dizer que receberia “vagabundos igual a Lula” a bala, caso eles aparecessem à sua porta porque este seria o método usado no Rio para lidar com “bandidos”. Dias antes, durante ato na CUT, o petista havia incentivado militantes a procurar deputados, em suas casas, para pressioná-los a votar propostas de interesse dos trabalhadores. Otoni afirmou depois que se arrependia de ter atacado Lula daquela maneira.

Aliado de Bolsonaro, o deputado Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) previu que a investida do governo sobre os evangélicos não terá resultado. “Lula quer manipular a fé, mas nada do que ele fizer vai adiantar”, provocou Sóstenes, um dos vice-presidentes da Câmara.

Na avaliação do cientista político Vinícius do Valle, apesar das críticas de integrantes da bancada evangélica, existe uma ala do segmento que se sente desamparada por Bolsonaro e tenta se aproximar de Lula. “É uma ala que gostaria de estar no governo de forma discreta, sem sofrer o estigma de ser esquerdista. Esta é a melhor posição em termos de estratégia eleitoral, um pouco como faz o Centrão”, disse.

Valle observou, ainda, que, as bancadas evangélicas de vereadores diminuíram no Rio e em São Paulo, mesmo após a aliança com Bolsonaro. “Há um conflito interno na base do bolsonarismo e o ex-presidente não consegue coordenar essas diferentes alas porque tem outras prioridades”, comentou o cientista político, que é Diretor do Observatório Evangélico.

Ao citar as articulações de Bolsonaro para derrubar sua inelegibilidade – além da defesa da anistia aos condenados pelos ataques do 8 de Janeiro –, Valle destacou que, nesse cenário, o compromisso do ex-presidente é com partidos do Centrão, e não exatamente com os religiosos. “É por isso que, na disputa dentro da base bolsonarista, os evangélicos estão levando a pior”, resumiu.

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