Avaliação positiva do governo Lula recua cinco pontos, para 33%

A avaliação positiva do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) caiu para o menor patamar desde o início do mandato, de acordo com nova pesquisa Ipec divulgada nesta sexta-feira. O levantamento aponta que 33% dos brasileiros consideram a gestão do petista como ótima ou boa, cinco pontos percentuais a menos que o registrado em dezembro, na pesquisa anterior.

Outros 33% consideram o governo regular (eram 30%, na última pesquisa) e 32% o avaliam como ruim ou péssima (eram 30%). Ainda segundo o Ipec, 3% não souberam ou quiseram responder. O levantamento foi realizado pelo instituto entre os dias 1º e 5 de março e foram entrevistados presencialmente dois mil eleitores em 130 municípios.

Em relação à avaliação negativa, houve oscilação dentro da margem de erro, que é de dois pontos percentuais para mais ou menos. Ainda assim, a fatia dos que consideram a gestão de Lula ruim ou péssima atingiu numericamente seu maior patamar até aqui. Em março do ano passado — mês da primeira pesquisa feita no terceiro mandato do petista — 24% viam o governo dessa forma, enquanto 41% o consideravam ótimo e bom.
A pesquisa aponta também que a avaliação negativa do governo tem maior predominância entre quem declara ter votado em Jair Bolsonaro (PL) na eleição de 2022 (63%), quem tem renda mensal familiar superior a cinco salários mínimos (45%), moradores da região Sul (42%) e evangélicos (41%).

Maneira de governar
Os pesquisadores também questionaram os entrevistados sobre como avaliam a maneira do presidente Lula governar. O levantamento aponta que 49% disseram aprovar (eram 51% em dezembro), 45% desaprovam (eram 43%) e 6% não sabem ou não responderam (mesmo número da pesquisa anterior).

O estudo destaca que a desaprovação do presidente cresceu de 27% para 36% entre quem tem renda familiar mensal de até um salário mínimo.

O percentual dos que responderam que confiam no presidente também caiu na rodada mais recente da pesquisa. Em março deste ano, 45% afirmaram confiar em Lula, contra 48% em dezembro. Outros 51% disseram não confiar no petista (eram 50%) e 4% declararam não saber ou não responderam (eram 3%).

O Ipec aponta recuo da confiança no presidente entre moradores de municípios com mais de 500 mil habitantes. O índice passou de 49% para 41%.

Expectativa
Questionados sobre as expectativas para o governo Lula, 43% acham que a administração está no caminho certo, enquanto 50% disseram que está no direcionamento errado e 7% não sabem ou não responderam.
Sobre a relação do presidente com o Congresso, 31% dos entrevistados avaliam que o governo terá mais facilidade neste ano para conseguir apoio para votações importantes. Para 59% a gestão terá mais dificuldade e 9% não sabem ou não responderam.

Pesquisa
A queda na avaliação positiva do governo teve os principais recuos nos grupos abaixo:
Quem tem renda familiar mensal de até 1 salário mínimo: de 51% para 39% (12 pontos percentuais);
Moradores do Nordeste: de 52% para 43% (nove pontos);
Quem declara ter votado em Lula em 2022: de 69% para 61% (oito pontos);
Autodeclarados pretos e pardos: de 43% para 35% (oito pontos);
Moradores do Sudeste: de 37% para 30% (sete pontos);
Mulheres: de 40% para 33% (sete pontos);
Aqueles que têm ensino médio: de 33% para 26% (sete pontos).

Os entrevistados também responderam se o governo Lula está indo melhor, pior ou igual ao esperado:
Acha que está indo melhor: 30% (eram 32% em dezembro);
Acha que está indo igual: 30% (eram 30%);
Acha que está indo pior: 38% (eram 35%);
Não sabe, não respondeu: 3% (eram 2%).

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ABC empata com Potyguar Seridoense em estreia do segundo turno do Campeonato Potiguar

Em estreia do segundo turno do Campeonato Potiguar 2024, o ABC empatou em 2 a 2 com o Potyguar de Currais Novos, neste sábado (9). O jogador Diego Jardel marcou duas vezes para o alvinegro e Jânio Daniel e Mikael marcaram para o tricolor. Com este resultado, o ABC chega a uma sequência de oito jogos sem vitória em 2024.

Pela primeira vez no comando do ABC, o treinador Rafael Lacerda repetiu uma escalação. A escolha dos 11 iniciais foi a mesma da partida contra o CRB/AL, pela Copa do Nordeste, disputada no dia 6. A decisão refletiu no desempenho do alvinegro no primeiro tempo.

Aos 15 minutos, Jânio Daniel abriu o placar para o Potyguar de Currais Novos. A pressão da equipe seridoense continuou ao longo da primeira etapa e nos acréscimos, o tricolor ampliou o marcador com o segundo gol feito pelo Mikael.

No intervalo, Rafael Lacerda reorganizou a equipe e fez as primeiras substituições. No alvinegro, saíram Wallyson, Randerson e Yuri Ferraz para a entrada de Ruan, Diego Jardel e Vitor Marinho, respectivamente.

Logo ao primeiro minuto do segundo tempo, Diego Jardel balançou as redes e fez o primeiro gol do ABC na partida. A jogada surgiu após Vitor Marinho cruzar pela direita e o meia aparecer cabeceando no canto do goleiro tricolor. A pressão alvinegra continuou e com os novos jogadores em campo, a equipe ganhou novo fôlego.

O segundo gol surgiu com lançamento que sobrou para Daniel Cruz, que ganhou da zaga do Potyguar e tentou um toque de cobertura em Wallef. Aos 16 do segundo tempo, a bola bateu na trave e sobrou para Diego Jardel, que acompanhava o lance, marcando assim o segundo do alvinegro e empatando a partida.

Neste segundo turno serão disputadas quatro partidas. Na próxima rodada pelo Campeonato Potiguar, o ABC encara o América, em Clássico-Rei na Arena das Dunas, no dia 17. Já o Potyguar viaja para enfrentar o Baraúnas no dia 16.

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Sem conselheiros experientes, Lula recorre a Janja para “alertas”; primeira-dama é tida pelo petista como um “farol”

A primeira-dama, Janja Lula da Silva, tem ocupado o posto de principal conselheira do 3º mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). É uma das poucas pessoas que faz críticas e alertas sobre a condução do governo. A função é reconhecida pelo próprio chefe do Executivo, que montou a cúpula da sua administração com ministros que não fizeram parte de sua trajetória política e, por isso, não têm liberdade para dar “palpites ao chefe”.

Como mostrou o Poder360, quem deseja conversar com Lula à noite e em fins de semana, quando o casal está no Palácio do Alvorada, tem de passar pelo crivo da primeira-dama. O petista não tem um celular próprio e conta com a ajuda da mulher para fazer e receber ligações. Embora pareça uma tarefa ordinária, o filtro mostra a influência de Janja.

A situação foi explicitada por Lula em seu discurso na abertura da 4ª Conferência Nacional de Cultura, na 2ª feira (8.mar.2024). “Estou feliz sobretudo pelo lado crítico da Janja. Não é uma ‘Maria vai com as outras’. Não é um ‘Zé Ninguém’. Ela faz questão de me alertar das coisas ruins. Das coisas boas não precisa porque eu vejo na cara de vocês. Mas as coisas ruins, muitas vezes, mesmo os amigos da gente não têm coragem de dizer. ‘Ah, eu vou falar tal coisa, o Lula vai ficar ofendido, ele vai ficar chateado’”, declarou.

O presidente disse considerar o papel exercido por Janja como “muito importante”.

“Alguém tem que dizer para vocês das coisas que não estão legais. Alguém tem que ter coragem de puxar o paletó e falar: ‘Não vai, ou vai’. Tem que ter alguém assim e ela faz isso”, disse.

Nos seus 2 primeiros mandatos (2003-2010), Lula levou ao Palácio do Planalto antigos companheiros do PT que trilharam o caminho político com ele. Tinha ao seu lado nomes como José Dirceu e Gilberto Carvalho, o último era conhecido pelo apelido de “grilo falante”. Amigos Luiz Gushiken (1950-2013) e Márcio Thomaz Bastos (1935-2014), ambos já falecidos, também eram próximos e o aconselhavam. Todos tinham liberdade para tratá-lo informalmente e “dar broncas”. Enfrentavam eventuais rompantes do chefe, mas, por vezes, o faziam mudar de ideia.

Afastado desde que foi preso nos processos do Mensalão e da Lava Jato, Dirceu voltou a circular pelos meios políticos de Brasília e envia recados ao presidente. Ainda assim, a influência nas decisões do chefe do Executivo é muito inferior ao que já foi nos outros mandatos. Carvalho foi escanteado do convívio diário e assumiu a Secretaria de Economia Solidária no Ministério do Trabalho.

Para o 3º mandato, Lula preferiu “renovar o time”. Disse logo depois de ter sido eleito que o “técnico poderia ser velho, mas os jogadores precisariam ser novos”. A consequência, porém, é que nenhum dos ministros mais próximos têm liberdade para contestar o presidente.

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Na contramão de Lula, presidente do Chile volta a denunciar violações dos direitos humanos na Venezuela: ‘é um regime autoritário’

Poucos dias depois de o presidente Luiz Inácio Lula da Silva ter expressado confiança em que a Venezuela terá eleições presidenciais democráticas este ano e, na mesma fala, ter afirmado que a oposição ao governo de Nicolás Maduro deveria deixar de “chorar”, o presidente do Chile, Gabriel Boric, reiterou sua denúncia sobre violações dos direitos humanos e políticos na Venezuela.

Após reunir-se com o primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, na última sexta-feira, o chefe de Estado chileno foi enfático ao falar sobre a Venezuela de Maduro, abordando temas que Lula evita mencionar, especialmente a repressão a opositores do governo. Boric iniciou suas declarações comentando o assassinato do ex-militar venezuelano Ronald Ojeda em Santiago, recentemente, caso que causou enorme preocupação no Palácio de la Moneda. Ojeda, que fugiu da Venezuela após ter estado preso e ter sido acusado de traição à Pátria pelo governo Maduro, foi sequestrado no apartamento onde morava na capital chilena e apareceu morto alguns dias depois.

— Fui muito crítico, e não apenas crítico, denunciei em foros internacionais as violações dos direitos humanos de um regime que, sem dúvidas, tornou-se autoritário, como é o regime venezuelano — disse Boric. — Nós, como governo, buscamos colaborar para que seja recuperado um rumo democrático, e para que as eleições que devem ser realizadas este ano cumpram com todas as garantias para todos os setores políticos na Venezuela — continuou.

O presidente do Chile defendeu sua posição, que se contrapõe abertamente a de Lula:

— A posição do Estado chileno é coerente, tanto sobre o que acontece na Venezuela, o que acontece na Ucrânia, ou o que acontece hoje em dia em Gaza. Não tenho nenhum problema em continuar reafirmando isso, mesmo que cause moléstia, mas a coerência é um valor fundamental nesses aspectos.

Na quarta-feira, Lula fez um paralelo entre a oposição venezuelana e as eleições presidenciais brasileiras de 2018, quando foi impedido de concorrer porque estava preso em decorrência da Operação Lava Jato. O petista afirmou que, ao ter a candidatura vetada, “ao invés de ficar chorando”, indicou outro candidato para a disputa (o atual ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que foi derrotado por Jair Bolsonaro). Questionado se é possível ter uma eleição justa no contexto atual do país, Lula ainda afirmou que olheiros do mundo inteiro foram convidados a acompanhar o pleito, embora tenha ressaltado que, se a oposição na Venezuela tiver o mesmo comportamento da brasileira, “nada vale”.

— Sabe que eu fiquei feliz que foi marcada eleição na Venezuela. O que disseram na reunião que tive na Guiana é que vão convidar olheiros do mundo inteiro. Mas se o candidato da oposição tiver o mesmo comportamento da oposição daqui, nada vale — afirmou Lula.

Opositora de Maduro na Venezuela rebate Lula

Principal opositora do presidente venezuelano e impedida de concorrer às eleições de julho, María Corina Machado rebateu as declarações de Lula e disse que o presidente brasileiro estava “validando os abusos de um autocrata que viola a Constituição”.

Entrevista: ‘Posição de Lula sobre Venezuela é inadmissível a esta altura do jogo’, diz María Corina Machado, líder opositora inabilitada, ao GLOBO

Eu chorando, presidente Lula? Você está dizendo isso porque sou mulher? Você não me conhece. Luto para fazer valer o direito de milhões de venezuelanos que votaram em mim nas primárias e dos milhões que têm o direito de fazê-lo numa eleição presidencial livre em que derrotarei Maduro”, respondeu María Corina no X (antigo Twitter). “O senhor está validando os abusos de um autocrata que viola a Constituição e o Acordo de Barbados, que o senhor afirma apoiar. A única verdade é que Maduro tem medo de me confrontar porque sabe que o povo venezuelano está hoje na rua comigo”.

A realização de eleições livres, justas e transparentes ainda este ano fazia parte do acordo firmado em Barbados, no fim do ano passado, entre governo e oposição venezuelana, com a presença de observadores internacionais. Uma das cláusulas previstas no documento exigia que os candidatos contrários a Maduro tivessem permissão para recorrer de decisões judiciais que os desqualificassem para o cargo.

Em janeiro, no entanto, o Tribunal Supremo da Venezuela ratificou a inabilitação da líder opositora por 15 anos, na prática impedindo que ela concorra contra Maduro, que busca mais uma reeleição. Além de María Corina, vencedora de primárias — que posteriormente foram anuladas — em outubro, Henrique Capriles, que concorreu duas vezes à Presidência, também teve sua inabilitação confirmada.

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Do ‘direito à vida’ à ‘questão de saúde pública’: veja o que todos os ministros do STF já disseram sobre o aborto

A discussão sobre a descriminalização do aborto entre magistrados do Supremo Tribunal Federal (STF) ganhou um novo capítulo nesta sexta-feira, Dia Internacional da Mulher. O presidente da Corte, Luís Roberto Barroso, defendeu a pauta durante uma aula magna na Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). O ministro afirmou que os direitos à liberdade sexual e reprodutiva das mulheres precisam ser conquistados no país.

— Não se trata de defender o aborto, trata-se de enfrentar esse problema de uma forma mais inteligente que a criminalização, prender a mulher não serve para nada — disse.

Quando ainda era advogado, Barroso fez a sustentação oral de uma ação impetrada pela Confederação Nacional dos Trabalhadores da Saúde para permitir aborto de fetos anencéfalos. Em dezembro de 2016, já como ministro do STF, em seu voto sobre pedido de habeas corpus para soltura de acusados de praticar aborto, na Primeira Turma da Corte, ele sustentou que a criminalização viola direitos fundamentais.

Saiba como os dez outros ministros da Corte já se posicionaram sobre o tema.

Edson Fachin

Votou a favor do habeas corpus para acusados de praticar aborto em 2016 e acompanhou o voto de Barroso. Em julho de 2022, Fachin afirmou que a política de aborto legal fixada pelo governo do ex-presidente Jair Bolsonaro poderia indicar uma “violação sistemática” de direitos das mulheres. Na ocasião, a Biblioteca Virtual em Saúde do Ministério da Saúde disponibilizou uma cartilha que dizia que “não existe aborto legal”.

Gilmar Mendes

Votou a favor do aborto de fetos anencéfalos e do uso de células-tronco para pesquisas. Mas criticou Barroso quando este afirmou que a criminalização do aborto até os três meses fere direitos fundamentais.

— Ah, agora, eu vou dar uma de esperto e vou conseguir a decisão do aborto — pontuou Mendes na ocasião.

Foi quando Barroso devolveu com declarações de ampla repercussão:

— Me deixa de fora desse seu mau sentimento, você é uma pessoa horrível, uma mistura do mal com atraso e pitadas de psicopatia. Isso não tem nada a ver com o que está sendo julgado. É um absurdo vossa excelência vir aqui fazer um comício cheio de ofensas, grosserias. Vossa excelência não consegue articular um argumento, fica procurando, já ofendeu a presidente, já ofendeu o ministro Fux, agora chegou a mim. A vida para vossa excelência é ofender as pessoas, não tem nenhuma ideia, nenhuma, nenhuma, só ofende as pessoas.

Luiz Fux

Também votou a favor do aborto de anencéfalos. Em entrevistas, já disse considerar o assunto do Legislativo, mas pondera que é uma “questão de saúde pública e não de direito penal”.

Alexandre de Moraes

Em entrevistas, já defendeu o aborto em caso de estupro, o que já é permitido, mas evitou falar sobre o tema quando foi sabatinado no Senado, em fevereiro de 2017. Na ocasião, o ministro pediu desculpas por não falar sobre a questão e argumentou que havia ações sobre o tema no Supremo, como a que permitiria a prática em casos de microcefalia.

Dias Toffoli

Como advogado-geral da União, deu parecer favorável ao aborto de fetos anencéfalos. Antes do cargo no STF, se declarou favorável à descriminalização do aborto até três meses.

Cármen Lúcia

A ministra votou a favor do aborto de fetos anencéfalos em 2012 e da pesquisa com células-tronco de embriões quatro anos antes. Nas duas ações, porém, a magistrada deixou claro que a questão do aborto não estava sendo avaliada. Em 2018, ela afirmou esperar “tolerância quanto à compreensão diferente dos temas” ao abrir audiência que tratou sobre a descriminalização da interrupção da gravidez até a 12ª semana de gestação.

Kassio Nunes Marques

O ministro se posiciona contra a descriminalização do aborto. Quando foi sabatinado no Senado, em 2020, Marques citou um salmo e afirmou ser “defensor do direito à vida” ao ser questionado sobre sua posição em relação a direitos reprodutivos.

André Mendonça

Durante a discussão de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade que debatia o direito de mulheres infectadas pelo vírus zika interromperem a gravidez, Mendonça, então advogado-geral da União, afirmou que a medida era inconstitucional e afrontava o direito à vida:

— Lamentável. Um retrocesso para a sociedade. O pedido se trata do estabelecimento e da constitucionalização de uma segregação das espécies, que foi presente no regime nazista.

Cristiano Zanin

Durante sabatina no Senado, em 2023, Zanin reiterou compromisso contrário à legalização do aborto. Zanin defendeu a continuidade do que já é previsto em lei e fez discurso pró-vida:

— O direito à vida está previsto no antigo 5º da Constituição, é uma garantia fundamental. Nesta perspectiva, temos que enaltecer o direito à vida. As hipóteses de interrupção (do aborto) estão previstos no Código Federal.

Flávio Dino

Em 2022, pouco antes do período eleitoral, Dino afirmou ser “filosoficamente” contra o aborto e defendeu que a legislação atual não seja alterada.

— Eu sou filosoficamente, doutrinariamente, contra o aborto, e acho que a Legislação brasileira não deve ser mexida nesse aspecto — afirmou, em entrevista ao jornal Valor Econômico em abril de 2022.

Durante sabatina no Senado, o ministro disse que o direito ao aborto deve ser debatido pelo Congresso Nacional e não por meio de uma decisão judicial.

— Em relação ao tema do aborto, a minha posição é pública, bastante antiga, reiterada em sucessivas entrevistas. Eu, assim como Norberto Bobbio, tenho uma posição jurídica no sentido de que o sistema legal pode ser debatido no Congresso Nacional. Eu não imagino realmente que é o caso de uma decisão judicial sobre, e sim de um debate no Parlamento — frisou.

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